Pesquisa sugere que praticar a quantidade recomendada de exercícios estava associado a um risco 13% menor de morte
Redação Publicado em 24/08/2022, às 16h00
Idosos que participam semanalmente de diferentes tipos de atividades físicas, como caminhadas, corridas, natação ou jogar tênis, podem ter um menor risco de morte por qualquer causa, como por doenças cardiovasculares e câncer.
Essas são as descobertas de um novo estudo do Instituto Nacional do Câncer, parte do National Institutes of Health (NIH). Os achados, publicados no JAMA Network Open, sugerem que é importante que pessoas da terceira idade se envolvam em diferentes atividades que desfrutem e que consigam manter, pois esse hábito é capaz de aumentar a longevidade.
Foram utilizados dados de mais de 272 mil adultos entre 59 e 82 anos que responderam questionários sobre suas respectivas atividades de lazer. Os pesquisadores analisaram se participar de quantidades equivalentes de sete diferentes tarefas (corrida, ciclismo, natação, exercícios aeróbicos, esportes de raquete, golfe e caminhada) estava associado a menor risco de morte.
O estudo mostrou que alcançar a quantidade recomendada de atividade física por semana por meio de qualquer combinação dessas atividades estava associado a um risco 13% menor de morte por qualquer causa em comparação com nenhuma participação nessas atividades.
Quando a equipe analisou o papel de cada atividade individualmente, a prática de esportes de raquete, como o tênis, foi associada a uma redução de 16% do risco, e a corrida a uma diminuição de 15%. No entanto, todas as atividades investigadas foram igualmente associadas a menores riscos de morte.
O critério considerado para sedentários e ativos, segundo a American Heart Association, e aceito no mundo todo é de 150 a 300 minutos de atividades físicas moderadas na semana.
Confira:
Vale lembrar que atividades de fortalecimento dos músculos – especialmente costas, abdome, braços e pernas – e de equilíbrio também são importantes e devem ser realizadas de duas a três vezes por semana em dias alternados, melhorando a mobilidade e reduzindo quedas.
Aqueles indivíduos mais ativos – ou seja, que excederam os níveis recomendados de atividade física – estavam associados a reduções ainda maiores no risco de morte, mas houve diminuição dos resultados à medida que os níveis de atividade aumentavam em exagero.
Mesmo as pessoas que fizeram alguma atividade recreativa, embora inferiores à quantidade recomendada, tiveram uma redução de 5% no risco de morte em comparação com aquelas que não participaram de nenhuma das tarefas estudadas.
Essas atividades também foram associadas a um menor risco de morte por doenças cardiovasculares e câncer. A prática de esportes de raquete esteve ligada à maior diminuição no risco de mortes cardiovasculares ( 27%), enquanto a corrida esteve relacionada à redução das chances por câncer (redução de 19%).
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