Redação Publicado em 23/06/2021, às 11h58
Não é novidade para ninguém que a pandemia mexeu com a saúde mental dos jovens e, cada dia mais, surgem novos estudos com essa constatação. Esta semana, por exemplo, uma reportagem do The Wall Street Journal mostrou que um hospital infantil nos Estados Unidos registrou aumento de 300% no número de jovens internados por causa de transtornos alimentares como anorexia e bulimia.
“Os pacientes que chegam estão realmente doentes”, disse a médica Tracy Richmond, diretora do programa de transtornos alimentares do Hospital Infantil de Boston, à reportagem. “Nós olhamos para isso como uma segunda pandemia, as necessidades de saúde mental dos adolescentes, e os transtornos alimentares são parte disso”.
Confira:
Richmond apresentou recentemente um estudo que será publicado no Journal of Adolescent Health, em que analisa as taxas de pacientes com transtornos alimentares que chegaram ao hospital.
O fechamento de escolas acabou resultando em isolamento social para muitos adolescentes, abrindo caminho para sintomas de depressão, ansiedade e transtornos alimentares.
Antes da pandemia, o número médio de pacientes internados por distúrbios alimentares era cerca de três a quatro. Agora, contudo, esse número subiu para dez, em média, e até 16 pacientes tratados ao mesmo tempo.
Além disso, também houve aumento nos atendimentos ambulatoriais por transtornos alimentares, que quase quadruplicaram: a média semanal do hospital passou de seis para 23.
As duas condições mais comuns eram anorexia nervosa (em que a pessoa evita comer), e a bulimia (caracterizada pela ingestão excessiva seguida de comportamentos como vômito provocado, uso de laxantes ou jejuns).
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