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Diva Menner é a primeira cantora trans do ‘The Voice Brasil’; visibilidade é importante para comunidade LGBTQI+

Imagem Diva Menner é a primeira cantora trans do ‘The Voice Brasil’; visibilidade é importante para comunidade LGBTQI+

Da Redação Publicado em 30/10/2020, às 16h12

Diva Menner impressionou os jurados e o público ao se tornar a primeira cantora trans do ‘The Voice Brasil’, na última terça-feira (27).

A artista, de 36 anos, participou das audições às cegas e emocionou o público com sua interpretação de ‘Through The Fire’, da cantora norte-americana Chaka Khan.

Crédito: TV Globo

Sua apresentação rendeu que todas as cadeiras se virassem e ela pudesse escolher o time em que queria ficar.

“Você tem brilho, nasceu para isso, para todos os dias de glória que a vida tem a lhe oferecer”, disse Carlinhos Brown.

“Quando canto, os fantasmas saem e entra uma legião de divas. As portas que se fecharam para mim, hoje vão se arrepender”, declarou Diva, às lágrimas.

A recifense escolheu o time da cantora IZA, que agradeceu: “Obrigada pela oportunidade de fazer parte de tudo isso que está vivendo”.

Confira um trecho da apresentação.

Visibilidade é importante para comunidade LGBTQI+

A participação de Diva Menner é um grande passo para a comunidade LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgênero e queers), já que é uma oportunidade para que jovens trans que enfrentam cotidianamente rejeição e exclusão social consigam se enxergar e ter uma inspiração, isso tudo em grandes veículos de comunicação, como a TV Globo. É importante aproveitar esse momento para trabalhar o fim do preconceito sofrido por transsexuais. O Brasil segue como um dos países em que mais pessoas trans são assassinadas há muitos anos.

91% dos jovens LGBTQI+ já tiveram ao menos uma experiência com bullying. Isso representa mais que o dobro da proporção encontrada em estudos com jovens heterossexuais. Muitos especialistas têm alertado sobre os prejuízos do bullying para a saúde física e mental de jovens de minorias sexuais.

Segundo uma pesquisa recente, publicada na revista médica The Lancet Child & Adolescent Health, jovens que não se identificam como heterossexuais são três vezes mais propensos a sintomas depressivos e automutilação. É fundamental que as pessoas entendam como a discriminação pode ser nociva, não só para quem é alvo dela, mas para toda a sociedade.

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