Pesquisadores afirmam que a maioria dos casais surgem entre amigos e não entre desconhecidos
Redação Publicado em 12/07/2021, às 15h00
Normalmente, o “clichê” dos filmes de romance é representar duas pessoas estranhas que se esbarram por aí e acabam se apaixonando. Porém, segundo um novo estudo da Sociedade de Personalidade e Psicologia Social (EUA), dois terços dos casais formados na vida real são mais propensos a começar a se relacionar com uma amizade.
Pesquisas anteriores descobriram que esse tipo de iniciação de romance – a partir de uma amizade – é, muitas vezes, menosprezado pelos autores de produções cinematográficas. Os dados mostram que em quase 75% dos filmes o relacionamento acontece entre estranhos e apenas 8% surgem entre amigos ao longo do tempo.
Para os pesquisadores, pode-se até ter um bom entendimento de como desconhecidos se sentem atraídos uns pelos outros e começam a namorar. Porém, não é assim que a maioria dos relacionamentos iniciam suas histórias.
A equipe envolvida analisou dados de quase 1.900 estudantes universitários e adultos, sendo que 68% deles relataram que seus relacionamentos românticos atuais ou mais recentes começaram como uma amizade.
Entre os participantes do estudo, as estatísticas variaram pouco por gênero, nível de escolaridade ou grupos étnicos. Entretanto, a taxa de romances entre amigos foi ainda maior entre pessoas de 20 anos e dentro das comunidades LGBTQIA +, com 85% dos casais começando uma relação afetiva como amizade.
Os resultados mostraram também que, entre universitários, os relacionamentos tiveram início após um a dois anos de amizade. Segundo os pesquisadores, a grande maioria dos participantes disse que não ficou amigo de seus parceiros atuais ou mais recentes por sentirem atração ou terem outra intenção.
Além disso, a duração média das amizades pré-romances simboliza que é provável que os casais fossem amigos genuínos e platônicos antes da transição para uma relação afetiva.
Confira:
Ainda de acordo com os achados, quase metade dos alunos relatou que começar com uma amizade era a sua maneira preferida de desenvolver um relacionamento, tornando-o o jeito “mais popular” e “preferido” de encontrar uma parceria dentre todas as outras opções apresentadas, como o encontro em uma festa ou pela internet.
Segundo os pesquisadores, muitas vezes as pessoas são ensinadas que o romance e a amizade são tipos diferentes de relacionamentos, que se formam de formas distintas e atendem necessidades diferentes. Entretanto, a pesquisa sugere que as linhas entre amizade e romance não são claras, forçando todos a refletirem melhor não apenas sobre o que faz uma boa amizade, mas também o que faz um bom relacionamento.
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