Tímidos sentem desconforto em situações que exigem exposição social, como apresentar um trabalho em público ou conhecer gente nova. Embora não gostem,
Jairo Bouer Publicado em 21/02/2020, às 17h42
Tímidos sentem desconforto em situações que exigem exposição social, como apresentar um trabalho em público ou conhecer gente nova. Embora não gostem, essas pessoas não chegam a evitar essas atividades, que fazem parte da vida de todo mundo. É sempre bom lembrar que, assim como existem altos, baixos, gordos, magros, loiros e morenos, existem tímidos e extrovertidos.
Para diminuir o receio de se expor, a única solução possível é fazer isso com maior frequência. Com o tempo e a repetição, o incômodo melhora bastante, ainda que não suma por completo. É sempre bom incentivar uma criança a ler em voz alta na aula, jogar bola ou dançar em público, ou apresentar o trabalho escolar várias vezes para a família, antes do “dia D”. Cursos de teatro também podem ajudar muito.
Porém, em alguns casos, o medo de se expor é tão grande, que a pessoa literalmente passa mal nessas situações. As pernas ficam bambas, as palavras saem erradas, as mãos tremem, e o pânico é tão forte que a pessoa passa a evitar qualquer atividade parecida pelo medo de perder o controle ou de ser julgada pelos outros. Nesse caso, estamos falando de fobia social, um transtorno de ansiedade que costuma ser diagnosticado na juventude, e pode trazer muitos prejuízos para a vida pessoal e profissional.
O limite entre a timidez e a fobia social pode ser tênue. Por isso, se a própria pessoa ou seus familiares percebem que o sofrimento existe, é fundamental procurar auxílio. Psicólogos e psiquiatras podem ajudar a resolver o problema com terapia e, algumas vezes, uso de medicamentos. Esses profissionais também podem dar dicas de como a família pode ajudar o paciente. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores serão os prejuízos na vida do jovem.