Jairo Bouer Publicado em 24/11/2020, às 19h27 - Atualizado em 08/12/2020, às 21h24
Esta semana, uma leitora escreveu para contar que o namorado está muito a fim de “comer o brigadeiro” dela, mas ela não está a fim de liberar. Para quem não conhece a gíria, eu ajudo a traduzir: ele quer fazer sexo anal, mas ela não está confortável com a situação.
Além de pedir ajuda sobre como lidar com o impasse, ela também pediu explicações sobre a “chuca”, a lavagem do ânus antes do sexo anal.
Minha resposta para esse tipo de pergunta costuma ser sempre a seguinte: sexo anal só vale quando os dois estão a fim. Como tudo no sexo, aliás. Se uma das partes não está confortável, é melhor não rolar.
Quando a pessoa que vai ser penetrada não está tranquila, nem com vontade, é possível que haja dor ou incômodo, e a relação não vai ser legal.
De qualquer forma, é importante lembrar que é preciso usar camisinha em toda relação anal, já que essa é uma região potencialmente contaminada do nosso organismo.
Outro detalhe fundamental é usar lubrificante, já que a base do ânus não tem a mesma lubrificação da vagina.
Outra recomendação é começar muito devagar e aos poucos. Se houver pressa, pode acontecer o que a gente chama de “contração reflexa”, a região se contrai e a pessoa vai sentir muita dor. Ou seja: muita calma nessa hora!
Outra dica importante para quem costuma começar no vaginal e depois partir para o anal, ou vice-versa. Para cada destino diferente, é preciso usar uma camisinha diferente. Isso mesmo! Se você não trocar o preservativo (ou, o que é pior, não usar nada e nem se lavar entre uma penetração e outra), você vai levar micro-organismos de uma região a outra. Resultado? Há risco de infecção!
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Em relação à “chuca”, que foi a segunda parte da pergunta: o ideal é que as pessoas conheçam seu próprio ritmo para saber se, naquele momento, estão preparadas para fazer sexo anal ou não.
Para fazer a lavagem anal, pode-se comprar um enema na farmácia, ou mesmo usar a ducha de água para limpar a região. O problema é que se esses processos forem feitos com frequência, há uma alteração da flora bacteriana local. Isso pode causar desconforto, inflamação ou diarreias, por exemplo.
Assim, é melhor que a pessoa conheça bem seu ritmo intestinal e tenha certeza de que o caminho está liberado.
Para terminar, eu volto a dizer: só vale liberar o “brigadeiro” se estiver muito a fim!
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