Da Redação Publicado em 02/12/2020, às 18h40 - Atualizado às 18h53
Elliot Page, antes conhecido como Ellen Page, anunciou, na última terça-feira (1º), que é transsexual, com um texto em suas redes sociais.
A declaração do ator enfatizou a importância da saúde mental e da criação de políticas públicas para a comunidade na qual está inserido.
O ativismo, por sinal, não é um nicho novo para o artista. Frequentemente, Elliot defende seus ideais, que vão desde meio ambiente até a luta LGBTQIA+.
O documentário, dirigido pelo canadense e Ian Daniel, exibe o forte impacto ecológico da humanidade e está disponível na Netflix.
A obra, intitulada ‘Há Algo Podre na Água’, denuncia três casos de contaminação ambiental que afeta comunidades indígenas em Nova Escócia, no Canadá. É possível ver Elliot no meio das situações enquanto retrata o que está acontecendo.
Durante sua passagem pelo Brasil, em 2016, o ator entrevistou o então deputado federal Jair Bolsonaro para o documentário ‘Gaycation’. Em uma das perguntas, o político afirmou preferir que seu filho morresse se fosse homossexual.
“Li uma declaração sua dizendo que as pessoas deveriam tirar o gay que existe em seus filhos na porrada. Eu sou gay e pergunto: deveria ter apanhado quando era criança para que não fosse gay?”.
“Eu não vou olhar para sua cara e dizer que você é gay, para mim, não importa. Muito simpática. Se eu fosse cadete militar e te encontrasse na rua, iria assobiar para você”, disse Bolsonaro, deixando Page incomodado.
Ao final da conversa Elliot Page deixa sua opinião: “É muito triste saber que alguém com tanta influência tenha tanto desprezo pela comunidade gay”.
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Chris Pratt deu detalhes sobre seu lado espiritual durante uma entrevista ao programa ‘Late Show with Stephen Colbert’, em 2019. No entanto, Elliot questionou a integridade da instituição frequentada pelo colega de Marvel.
“Oh. Ok. Bom, mas a igreja dele é infame por ser anti-LGBTQ. Talvez seria algo bom de se abordar [na entrevista] também?”, escreveu Page nas redes sociais.
Por sua vez, Pratt se defendeu afirmando que não era verdade: “Recentemente, foi sugerido que pertenço a uma igreja que ‘odeia certos grupos de pessoas’. Nada poderia ser tão distante da verdade. Eu vou a uma igreja que abre as portas para todos”.
O texto publicado por Elliot ressaltou um ponto importante para jovens LGBTQ+, que lutam para ter acesso à saúde mental.
“Vocês incentivam uma onda de ódio vil e humilhante que cai sobre os ombros da comunidade trans, onde 40% dos adultos já tentaram suicídio. Chega! Você não está sendo ‘cancelado’, está machucando pessoas. Eu sou uma dessas pessoas, e nós não ficaremos calados diante desse tipo de ataque”, declarou.
O ator, que é casado com a dançarina Emma Portner, aproveitou sua passagem pelo programa ‘Late Show with Stephen Colbert’, em 2019, para comentar sobre casamento homoafetivo, criticando abertamente Donald Trump e Mike Pence.
“Eu estou bravo, mas é impossível não se sentir assim com o presidente e o vice-presidente, que queria que eu não pudesse me casar. O vice-presidente dos Estados Unidos queria que eu não tivesse o amor da minha esposa. Ele queria banir isso em Indiana. Ele acredita na terapia de conversão. Ele machucou muito a comunidade LGBTQ quando era governador de Indiana. Acho que o que a gente deve fazer agora é ligar os pontos entre isso e o que aconteceu com ele”.
Em 2015, Rainha Elizabeth homenageou Maurice Mill, um político irlandês que culpou os homossexuais pela transmissão do HIV na África. A atitude da monarca não agradou Elliot Page, que fez sua crítica pelo Twitter.
“A Rainha honrou um político que disse que o furacão Katrina e a AIDS são culpa da sociedade LGBT+.F***-se isso”, escreveu.
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