Um estudo sugere que quem se sente confortável com a própria imagem corporal tende a ter mais prazer sexual ao ficar com alguém que acabou de conhecer com
Da Redação Publicado em 21/10/2020, às 13h33
Um estudo sugere que quem se sente confortável com a própria imagem corporal tende a ter mais prazer sexual ao ficar com alguém que acabou de conhecer com ajuda de um aplicativo de encontros. Já quem tem uma relação complicada com o espelho pode ter mais dificuldades no sexo casual, como falhas de ereção ou dificuldade de chegar ao orgasmo.
O trabalho, feito nos EUA, contou com 243 homens e mulheres jovens que usavam aplicativos de encontros como Tinder e Grindr. Entre os participantes, 62% das mulheres e 43% dos homens se identificaram como heterossexuais. Também havia lésbicas, gays, bissexuais e pansexuais na amostra.
Todos os voluntários responderam a uma série de perguntas para avaliação da autoimagem corporal e também deram detalhes sobre as atividades íntimas (como abraços e carícias) e relações sexuais recentes com pessoas que haviam conhecido com ajuda da tecnologia.
Mulheres que valorizam o próprio corpo foram mais propensas a relatar satisfação sexual nas relações. Já as mais encanadas tiveram experiências menos positivas, e mais probabilidade de problemas como dor, falta de lubrificação ou dificuldade para chegar ao orgasmo.
Para os homens, o excesso de preocupações com a autoimagem corporal levou a mais dificuldades de ereção, mas não chegou a comprometer a ejaculação, segundo os dados publicados no periódico Body Image.
O estudo foi coordenado pela pesquisadora Virginia Winter, da Universidade do Missouri, que faz pesquisas com adolescentes há muitos anos, e sabe como muitos deles são insatisfeitos com o próprio corpo, independente de serem altos, baixos, gordos ou magros.
Como uma boa função sexual é fundamental para o bem-estar, e a cultura da “pegação” com os aplicativos de encontros está cada vez mais arraigada, é possível concluir que uma parcela grande de homens e mulheres vai ter mais problemas.
A saída? Investir em intervenções que ajudem as pessoas a ter uma relação melhor com a autoimagem. Vale lembrar que as redes sociais têm deixado muita gente mais insatisfeito com o próprio corpo, à medida que geram uma comparação excessiva.
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