Enxaqueca crônica: saiba o que é, os principais sintomas e gatilhos

A enxaqueca está longe de ser sinônimo de uma forte dor de cabeça. Ela é, na verdade, uma doença neurológica incapacitante, com forte componente genético. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleias, 15% dos brasileiros sofrem do mal.

Enxaquecas podem ser episódicas ou crônicas. No primeiro caso, a pessoa tem, no máximo, 14 dias de dor de cabeça por mês. Já a crônica acontece 15 dias ou mais no mês, podendo ocorrer quando o primeiro tipo não é reconhecido e tratado adequadamente.

Assim, alguns indivíduos que experimentam enxaquecas episódicas, eventualmente, desenvolverão enxaquecas crônicas, mas isso não é uma regra.

Principais sintomas

Os sintomas de enxaqueca crônica ocorrem por, pelo menos, 15 dias a cada mês e por, no mínimo, três meses consecutivos. A condição também deve envolver dois dos seguintes sintomas durante oito dias por mês:

• Dor de cabeça moderada a grave;
• A dor afeta, predominantemente, um lado da cabeça;
• A dor causa uma sensação pulsante e latejante; 
• A dor começa ou se torna pior devido à atividade física rotineira, como caminhar ou limpar.

Quais são as causas?

A enxaqueca ainda não é uma condição bem compreendida. Possíveis causas já foram identificadas, mas não são respostas definitivas. Algumas teorias sobre o que causa enxaqueca incluem:

• Desordem do sistema nervoso central: uma condição neurológica subjacente que pode desencadear enxaquecas crônicas;

• Desequilíbrios químicos: a função cerebral adequada requer que todos os produtos químicos sejam uniformemente combinados e todas as vias nervosas estejam claras. Caso alguma dessas coisas seja interrompida, pode provocar dores de cabeça;

• Fatores genéticos: se um membro próximo da família, como um pai ou um irmão, tiver experimentado enxaqueca, as chances de ter enxaqueca aumentam;

• Irregularidades vasculares: problemas com a forma, o tamanho ou o fluxo sanguíneo em vasos do cérebro podem causar enxaqueca.

Em alguns casos, enxaquecas crônicas podem ser um sintoma subjacente de outra condição grave, como inflamação ou outros problemas com vasos sanguíneos no cérebro (incluindo derrame). 

Confira:

• Dieta rica em ácidos graxos ômega-3 diminui enxaquecas, sugere estudo 
• Estudo associa abuso na infância e tendência a ter enxaqueca

Possíveis gatilhos 

Os gatilhos para a enxaqueca podem variar de pessoa para pessoa. Indivíduos vulneráveis a essa condição podem descobrir que certas situações, comportamentos ou ambientes, desencadeiam um novo episódio, os chamados “gatilhos”. Entre os mais comuns estão:

1. Ansiedade ou tensão excessiva: não é incomum que uma crise apareça logo após um evento estressante;

2. Jejum prolongado: ficar muitas horas sem comer e sem se hidratar é péssimo para quem sofre de enxaqueca;

3. Certos alimentos: algumas pessoas dizem ter crises após comer queijo, chocolate, vinho ou frutas cítricas, entre outros itens;

4. Sono irregular: dormir mal ou pouco pode desencadear a dor. Mas acordar muito tarde, nos fins de semana, também pode ser um problema;

5. Período pré-menstrual: a maioria das mulheres que sofre de enxaqueca relata crises antes ou durante a menstruação.

6. Cafeína demais ou de menos: exagerar no café ou ficar sem tomar (se você consome regularmente) podem causar enxaqueca ou mesmo a cefaleia comum;

7. Estímulos a mais: a exposição excessiva ao sol, ao barulho e até a cheiros ou perfumes também pode ser gatilho;

8. Uso excessivo de analgésicos: abusar dos remédios para dor de cabeça pode fazer com que a sua dor se torne crônica.

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