Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h24 - Atualizado às 23h56
Quando um homem ou uma mulher dizem que ainda não encontraram um parceiro “bom para casar”, muita gente brinca que eles deveriam se contentar com alguém “OK”, em vez de esperar o candidato perfeito, para não correrem o risco de acabar sozinhos.
Pois a estratégia do “é melhor um pássaro na mão do que dois voando” aparentemente deu certo para os homens das cavernas, segundo pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos.
De acordo com o professor de microbiologia e genética Chris Adami, um dos autores do estudo, os primeiros seres humanos também se deparavam com a dúvida de acasalar logo com o primeiro (a) que encontrassem pela frente ou esperar alguém com características mais interessantes para procriar.
Ele e sua equipe utilizaram um modelo computacional para rastrear comportamentos de risco através de milhares de gerações com organismos digitais. Eles concluíram que resolver cedo o impasse – escolhendo o parceiro que está disponível – trouxe uma vantagem evolutiva para os seres humanos que viviam em pequenos grupos.
Isso significa, segundo eles, que a aversão ao risco está associada ao tamanho da comunidade em que as pessoas foram criadas. Mas eles avisam que o que conta é a comunidade, e não a cidade onde a pessoa nasceu.
Eles avisam que existem exceções – alguns indivíduos são mais propensos a correr riscos do que outros. Mas quem diz que esperar o príncipe ou a princesa encantada pode levar à solidão tem seus motivos para acreditar nisso.