Está se sentindo mal? A evolução manda você ficar em casa

Estudo sugere que o desejo de ficar em casa e não transar quando se está doente foi essencial para a sobrevivência das espécies

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h35 - Atualizado às 23h55

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Quando você está com alguma infecção, febre ou nariz entupido, seu corpo lhe diz para não sair de casa. Um estudo sugere que essa sensação não deve ser encarada como frescura: é algo que ajudou o ser humano e os animais a sobreviverem ao longo da evolução.

De acordo com pesquisadores do departamento de imunologia do Instituto Weizmann, em Israel, todos os animais adotam um comportamento diferente quando estão doentes. Quem tem um bicho de estimação sabe disso. Insetos sociais como as abelhas, por exemplo, chegam a abandonar a colmeia para morrer em outro lugar. Tudo isso seria uma forma de proteger o grupo e

Em artigo publicado na revista PLoS Biology, os cientistas dão uma explicação para vários dos sintomas que as doenças provocam. A fraqueza seria uma forma de diminuir a mobilidade do indivíduo, impedindo que ele espalhe a infecção para os outros. A perda de interesse em contato social e sexual teria a mesma função. A perda de apetite seria uma forma de evitar a propagação de micro-organismos pela água ou a pela comida. Até a linguagem corporal de um doente pode ser traduzida como “não chegue perto, eu estou mal”.

A equipe, liderada por Guy Shakhar, observa que hoje em dia é comum as pessoas simplesmente se entupirem de remédios e sair para trabalhar quando estão com gripe ou diarreia.  Isso aumenta bastante a propagação de vírus e bactérias para outros indivíduos.

Os pesquisadores propõem algumas formas de testar essa hipótese mais a fundo, mas eles esperam que a análise ajude as pessoas a terem consciência de que é melhor ficar em casa quando se está doente. Se isso funcionou durante milhões de anos de evolução, é melhor não lutar contra o desejo de ficar na cama.

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