Para pesquisadores, certas crenças que as pessoas têm fazem com que a dor se prolongue e até afete outros relacionamentos
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h35 - Atualizado às 23h55
Muitas pessoas não conseguem lidar direito com uma rejeição amorosa porque, para elas, o fato revela algo sobre quem elas são e que não pode ser modificado. É o que afirmam pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Nesses casos, os sentimentos negativos permanecem vivos durante anos, chegando a prejudicar relacionamentos futuros. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
O objetivo da pesquisa foi observar a relação entre ser rejeitado e a noção que as pessoas têm do seu “self”, um termo muito usado pelos psicólogos para designar a essência de cada um.
De acordo com os pesquisadores, algumas crenças que as pessoas desenvolvem sobre a personalidade podem contribuir para a capacidade de superar, ou não, uma rejeição.
Ao avaliar 891 indivíduos em cinco estudos diferentes, a equipe concluiu que ser deixado por alguém que achava que te amava, mas, depois de te conhecer melhor, mudou de ideia, acaba fazendo com que a vítima questione quem ela realmente é. Ou seja, funciona como uma ameaça ao “self”.
Os pesquisadores descobriram que os indivíduos que acreditam que é possível mudar, e melhorar, são os que lidam melhor com um fora. Já aqueles que acham que a personalidade é algo imutável tendem a ter a dor prolongada. Eles acham que têm alguma espécie de defeito, e concluem que isso pode levar a uma nova rejeição no futuro.
A equipe pretende estudar, agora, se isso vale para outros tipos de rejeição, como ser abandonado por um dos pais ou ser demitido.