Pesquisadores identificaram uma variação genética que tornaria certas pessoas mais resistentes a estressores ambientais
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h31 - Atualizado às 23h56
Todo mundo sabe que fumar aumenta o risco de câncer e de morte prematura. Mas por que, então, sempre ouvimos relatos de pessoas que vivem mais de 90 anos e nunca abandonaram o cigarro? Segundo cientistas, a genética pode explicar o fenômeno.
A equipe, da Universidade de Oxford, nos EUA, avaliou um grupo de 90 fumantes idosos e identificou uma variação genética que seria responsável por fazer essas pessoas serem mais resistentes a estressores ambientais, como fumo e poluição.
Segundo os pesquisadores, liderados por Morgan Levine, o organismo desses indivíduos seriam mais eficientes para reparar danos causados nas células. Portanto, além de viver mais, essas pessoas também teriam um risco 11% menor de ter câncer.
A descoberta, publicada no Journals of Gerontology, Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, fortalece a noção de que a longevidade não está ligada somente a fatores ambientais. A genética também possui um papel importante nisso.