A pesquisa, feita nos EUA, mostra que os estudantes ficam angustiados quando o aparelho não está por perto
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h18 - Atualizado às 23h57
O trabalho, publicado no Journal of Behavioral Addicton, indica que 60% dos estudantes universitários admitem que são viciados no celular, chegando a ficar agitados quando não estão com o aparelho à mão.
Ao todo, foram entrevistadas 164 pessoas e listadas onze atividades mais realizadas com o celular. Algumas delas, como o uso do Pinterest e do Instagram, foram mais associadas com características de vício do que o uso da internet e de jogos, algo que, antes da pesquisa, os pesquisadores julgavam ser mais problemático.
Entre as atividades mais executadas pelos estudantes estão o envio de texto, com uma média de 94,6 minutos gastos por dia, seguida do envio de e-mails (48,5 minutos), a navegação no Facebook (38,6 minutos) e na Internet em geral (34,4 minutos).
O estudo concluiu que os homens enviam aproximadamente o mesmo número de e-mails que as mulheres, mas gastam menos tempo em cada um. E, no geral, as mulheres usam mais o celular, contrariando a visão tradicional de que eles são mais ligados em tecnologia.
Os autores do trabalho chamam a atenção para a possibilidade de que os estudantes estejam utilizando o aparelho como mecanismo de fuga das salas de aula. E observam que o celular é uma ferramenta que parece libertadora, mas que, ao mesmo tempo, escraviza.