Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h25 - Atualizado às 23h56
Um estudo revela que o aperto de mãos não existe por acaso. Ele tornou-se uma forma comum de cumprimento por que trouxe um benefício para os seres humanos: transmitir moléculas que depois serão cheiradas e poderão passar informações sobre a outra pessoa.
A conclusão, de pesquisadores do Instituto Weizmann de Israel, foi publicada na revista eLife.
A equipe fez um experimento com 280 pessoas que tinham ou não o costume de apertar as mãos dos outros ao cumprimentá-los. Elas foram filmadas e observadas por bastante tempo.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas costumam cheirar suas próprias mãos com frequência, ou, precisamente, levam os dedos ao rosto cerca de 22% do tempo. Para provar que elas cheiram, mesmo, foram colocados cateteres no nariz dos participantes.
Eles também notaram que quem pratica o aperto de mãos faz isso com frequência bem maior, especialmente com a mão direita. Só que esse aumento só é significativo quando a pessoa cumprimenta outra do mesmo sexo.
Para o professor Noam Sobel, titular de neurobiologia do instituto, o experimento mostra que apertar as mãos é uma forma educada de pesquisar sinais químicos. Em outras palavras, é pra cheirar melhor…