Estudos apontam quais as drogas mais utilizadas antes do sexo

Homens gays e bissexuais foram mais propensos a citar o uso de drogas sintéticas

Redação Publicado em 15/06/2021, às 15h00 - Atualizado às 16h00

Álcool, maconha, cocaína e ecstasy são as mais consumidas nessas horas - iStock

O rock pode estar meio em baixa ultimamente, mas os outros dois itens que completam a tríade, drogas e sexo, parecem continuar em alta. Independente da orientação sexual, seja para se sentir mais segura, perder a inibição ou apenas para aumentar o prazer, muita gente gosta de usar drogas antes do sexo. Maconha, cocaína e ecstasy são as mais consumidas nessas horas, sem esquecer do onipresente álcool.

Os dados foram apresentados em artigo publicado no Journal of Sexual Medicine, e vieram de uma pesquisa realizada pela University College London, no Reino Unido, com base no Global Drug Survey, grupo de pesquisas independente que analisa tendências globais sobre o uso de substâncias.

As drogas mais citadas foram o ecstasy e o GHB, ambas comumente vendidas em casas noturnas - iStock

Apesar de demonstrar uma universalidade da tendência, homens gays e bissexuais foram mais propensos a citar o uso de drogas sintéticas, como o GHB e a metanfetamina, com o objetivo específico de ter mais prazer no sexo, afirmaram os pesquisadores. O estudo contou com cerca de 22 mil pessoas que responderam a questionários eletronicamente. A maioria dos participantes era da Europa ou dos EUA. As mais citadas como “favoráveis” para o sexo foram o ecstasy e o GHB, duas drogas sintéticas vendidas por traficantes em casas noturnas.

Para os autores da pesquisa, é preciso enfatizar que as campanhas de redução de danos devem ser dirigidas a todos. Isso porque, toda vez que uma pessoa usa uma substância que altera a consciência, a tendência dela se expor a outros riscos, como transar sem camisinha ou sem consentimento, aumenta significativamente.

Confira:

 

Entrevistados admitiram que o parceiro aproveitou que estavam sob influência de drogas ou álcool - iStock

Outra pesquisa divulgada pelo próprio Global Drug Survey, em 2019, mostrou que 20% dessas 22 mil pessoas entrevistadas admitiram que algum parceiro(a) já aproveitou que estavam sob influência de álcool e/ou drogas para ultrapassar o sinal vermelho na cama. E 14% relatam terem sido drogados por alguém com essa intenção. Alguém aí se lembrou do filme Bela Vingança (Promising Young Woman)?

Maconha x drogas sintéticas

Já uma pesquisa de 2020, feita pelo Centro de Uso de Substâncias da Columbia Britânica, no Canadá, sugere que a cannabis é uma alternativa mais segura que substâncias químicas, como, por exemplo, a metanfetamina na hora do sexo.

Os pesquisadores canadenses descobriram que o uso de Cannabis durante o sexo funcionou como um recurso estratégico, especialmente para um grupo de jovens cisgêneros, transgêneros, gays, bi e homens de minorias sexuais entre 15 e 30 anos em Vancouver. Os participantes do estudo, 41 homens das minorias citadas, disseram que fizeram uso da maconha para atingir certos efeitos físicos e psicológicos, incluindo maximizar o prazer e a sociabilidade e diminuir a ansiedade e as inibições.

Por fim, nunca é demais lembrar que as drogas podem ter efeitos imprevisíveis. Você pode ter sentido algum efeito prazeroso uma ou duas vezes, mas pode ter uma experiência ruim no futuro. Sem contar que não dá para confiar no que um traficante diz sobre a “qualidade” ou a “pureza” do que você vai consumir.

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