No futuro, será possível agir de forma preventiva nas crises psicóticas, o que será um enorme avanço no tratamento da esquizofrenia
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h19 - Atualizado às 23h57
Pesquisadores deram um passo importante para o desenvolvimento de um exame de sangue capaz de diagnosticar a psicose em estágios iniciais. Os resultados, ainda preliminares, foram publicados no periódico Schizophrenia Bulletin.
A psicose envolve alucinações ou delírios, e define o desenvolvimento de transtornos mentais graves como a esquizofrenia, que afeta uma em cada 100 pessoas e tem enorme impacto na vida do paciente e de seus familiares.
O exame de sangue, desenvolvido por uma equipe da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, inclui uma seleção de 15 medidas de desequilíbrio do sistema imunológico e hormonal, além de indícios de estresse oxidativo.
Esses padrões foram obtidos a partir da análise, com métodos de bioinformática, dos pacientes de um enorme estudo longitudinal feito na América, chamado de NAPLs, um esforço internacional voltado para mecanismos e fatores de risco para desenvolvimento de transtornos psicóticos.
Uma das autoras do estudo, a professora de psiquiatria Diana Perkins, afirma que mais pesquisas são necessárias para tornar o teste disponível. Mas, segundo ela, os resultados mostram que, no futuro, será possível agir de forma preventiva nas crises psicóticas, o que representará um enorme avanço no tratamento da esquizofrenia.