Segundo estudo, atividades que exigem pouco esforço de interação resultam em déficits nas habilidades sociais
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h29 - Atualizado às 23h56
Os autores, liderados pela pesquisadora Linda Pagani, dizem que a exposição excessiva à TV ainda pode afetar o desenvolvimento de funções cerebrais envolvidas na resolução de problemas interpessoais, e reduzir a capacidade de as crianças olharem nos olhos dos outros – algo que é fundamental na construção da amizade e na autoafirmação durante as interações sociais.
Para chegar à conclusão, Pagani e sua equipe avaliaram 991 meninas e 1.006 meninos canadenses. O hábito de ver TV na primeira infância foi aferido com os pais dos jovens. Já a frequência de intimidação física ou verbal foi relatada pelos próprios participantes.
A cada aumento de 53 minutos gastos em frente à TV, foi detectado um aumento de 11% na frequência de bullying aos 12 anos. Isso sem contar fatores que poderiam colaborar com a tendência, como a renda da família e o nível de escolaridade dos pais.
A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças com 2 anos ou mais não fiquem mais de uma ou duas horas por dia vendo TV. Brincar ou jogar são atividades que permitem maior interação, ao mesmo tempo que estimulam a criatividade e a resolução de problemas.