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Famoso “vovô TikToker” morre aos 91 anos devido a complicações renais

Nelson Miolaro tinha mais de sete milhões de seguidores no Instagram - Reprodução / Instagram
Nelson Miolaro tinha mais de sete milhões de seguidores no Instagram - Reprodução / Instagram

Redação Publicado em 15/07/2021, às 11h00

Nelson Miolaro, também conhecido como vovô TikToker, faleceu na noite da última quarta-feira (14) em São Paulo, aos 91 anos de idade. Internado desde quinta-feira (8) após sofrer uma queda, o aposentado havia fraturado a cabeça do fêmur.

Por isso, ele passou por uma cirurgia no sábado (10), que ocorreu bem, segundo sua neta. No entanto, após o procedimento, Nelson apresentou complicações renais, que o levaram a óbito.

Confira:

A família fez o comunicado por meio do Instagram que Nelson dividia com a esposa. Por lá, os dois faziam vídeos dublando músicas do momento e acumulavam quase três milhões de seguidores. Já no TikTok, Nelson tinha mais de sete milhões de seguidores.

“É com muita tristeza que comunicamos o adeus ao sorriso mais charmoso, a voz mais doce cantarolante e a postura mais elegante”, escreveram na publicação. “Não vamos encarar a morte como um ponto final, porque quem é amado de verdade jamais morre e você foi, é e sempre será amado por todos nós, como marido, pai, avô, bisavô, como o nosso personagem favorito: 'Vovô TikTok'”.

A queda de idosos é comum...

Segundo Carla da Silva Santana Castro, presidente da Sociedade Brasileira de Gerontecnologia, as quedas entre adultos com 65 anos ou mais são comuns, caras e evitáveis. Constituem a principal causa de lesões fatais e não fatais entre os mais idosos; dessa forma, há um grande esforço para gerenciar os fatores intrínsecos e extrínsecos – ligados à pessoa e ligados ao ambiente.

Surgiram várias estratégias pensadas para melhorar a capacidade funcional dos idosos e remover as barreiras de mobilidade, tornando mais seguros os ambientes internos e externos das casas.

A prevenção de quedas é tarefa difícil, devido à variedade de fatores que as predispõem. De acordo com os dados da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS:

  • Um em cada três indivíduos com mais de 65 anos sofre quedas;
  • Uma entre vinte pessoas que tiveram quedas sofreu uma fratura ou necessitou de internação;
  • Dentre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano;
  • Dos que moram em instituições de longa permanência para idosos – ILPI, a frequência de quedas é de 50%.

Fatores intrínsecos e extrínsecos

Os fatores intrínsecos dizem respeito às funções e estruturas corporais do indivíduo que podem estar alteradas – o equilíbrio, a marcha, a visão, dentre outras.

Há ainda os comportamentos adotados pelo idoso. Muitas vezes, ele se coloca em risco por não reconhecer que seu corpo já não é mais o mesmo de 15 ou 20 anos atrás e decide subir num banquinho ou na ponta da cama para alcançar um objeto no alto de um armário, insiste em usar chinelos que escorregam ou roupas maiores do que seu tamanho.

Os fatores extrínsecos dizem respeito ao ambiente e tudo o que faz parte dele – superfícies irregulares e escorregadias, objetos espalhados pelo chão, como fios, tapetes ou animais que se deslocam pelo caminho, requerendo do idoso um rápido e eficaz ajuste corporal para que não caia no chão.

Vários fatores de risco podem ser modificáveis, outros não!

Cada fator de risco que é eliminado, consequentemente, diminui a probabilidade de o idoso cair. Pense nisso!

Fatores relacionados ao ambiente, como a boa iluminação e o uso de cores claras, favorecem a visão. A disposição adequada dos móveis, permitindo a locomoção sem barreiras, a opção de não encerar o chão e evitar ter pisos escorregadios e a colocação de barras no banheiro são iniciativas que podem reduzir a probabilidade de quedas.

E a solução para o tapete da sala?

Afinal, os tapetes de crochê na entrada da casa, na beirada da cama ou entre os cômodos da casa, assim como as passadeiras estendidas pelos corredores, sempre fizeram parte da decoração da casa. Tiveram sua permanência garantida até que o morador ou visitante atravessasse o portal dos 60+, uma alusão à caverna onde Jafar prendeu Aladdin até que encontrasse a lâmpada e seu gênio.

Os designers de ambiente recomendam que os tapetes possam ser vastos, de forma que cubram a maior parte do cômodo, ou, ainda, pode-se recorrer ao uso dos tecidos antiderrapantes que têm melhor fixação ao solo.

E muito embora os tapetes de crochê não se assemelham tanto aos tapetes persas, podem “subir aos céus”, como o tapete do Aladdin, levando o idoso a aterrissar no chão.

Pensando bem, os tapetes podem sair do chão e ganhar destaque belíssimo na parede, no braço do sofá, ou mesmo sobre a cômoda, não é mesmo?! Afinal, reduzir o risco de queda vale a pena e o que é bonito e significativo para o idoso merece ser exibido como um objeto de arte capaz de nos encantar!

Saiba mais sobre queda dos idosos: BVS – Ministério da Saúde - Dicas em Saúde (saude.gov.br)

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