Redação Publicado em 19/04/2021, às 15h00
Doutor, quais são os riscos de fazer sexo anal e ir direto para o oral?
O ânus é uma região potencialmente contaminada, ou seja, existem muitas bactérias e micro-organismos ali. Portanto, se, durante a relação sexual, o homem retira o pênis do ânus e põe direto na boca da(o) parceira(o), por exemplo, ou vice e versa, existe o risco de desenvolver alguma infecção.
Fazer sexo oral com proteção (como uma camisinha cortada ou um pedaço de filme plástico) pode evitar esse risco. Além disso, é extremamente importante sempre higienizar as mãos, a genitália e a região anal antes e depois das relações sexuais. O mesmo vale para os vibradores e outros acessórios eróticos.
Pouca gente sabe, mas a hepatite A também pode ser transmitida através do sexo, quando ocorre o contato da língua ou boca com a região do ânus - o famoso “beijo grego” - de uma pessoa infectada.
A doença é provocada por um vírus que interfere na função hepática e, consequentemente, acaba desencadeando uma resposta imune que leva à inflamação do fígado.
Geralmente, a hepatite A é encontrada em locais com questões sanitárias precárias, isto é, que não dispõe de um sistema de esgoto ou água tratada adequado. Apesar de essa ser a principal forma de transmissão, é importante levar em conta que o risco também existe no sexo.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, os casos da infecção por hepatite A concentram-se, em sua maioria, nas regiões Norte e Nordeste, que juntas reúnem 55,7% de todos os casos confirmados no período de 1999 a 2018. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste abrangem 17,7%, 15,4% e 11,2% das ocorrências no país, respectivamente.
Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após o contágio e, inicialmente, são fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Em seguida, é comum haver enjoos, vômitos, dores abdominais, constipação ou diarreia. Além disso, a pessoa também fica com a urina escura e olhos amarelados (icterícia).
Não existe nenhum tipo de tratamento específico para a hepatite A. O recomendaado é evitar a automedicação uma vez que o uso de medicamentos desnecessários ou tóxicos ao fígado podem provocar uma piora do quadro. O ideal é consultar um médico para que seja adotada a conduta correta para cada caso.
Vale lembrar que, além da melhora nas condições de higiene, o melhor método de prevenção para a doença é a vacina, altamente segura e eficaz. Atualmente, ela faz parte do calendário de vacinação infantil, com uma dose aos 15 meses de idade.
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