Carolina Piscina Publicado em 17/01/2021, às 08h00
Conversamos com o ator Fhelipe Gomes, que dá vida ao personagem Rodrigo no filme Um Tio Quase Perfeito 2. A trama é uma comédia deliciosa, em que Tio Tony (Marcus Majella) reina soberano no coração dos sobrinhos e parece ter se regenerado da vida de trambiqueiro apresentada no primeiro filme.
Tony vive em perfeita harmonia com a família até a chegada de Beto (Danton Mello), que começa a namorar a irmã e, de quebra, encanta os pequenos. É assim que Tony entra numa disputa com Beto e arma planos mirabolantes envolvendo os sobrinhos para tentar provar que o futuro cunhado não vale nada.
Em entrevista ao site Doutor Jairo, ele conta como foi participar de uma produção no meio da pandemia e o que aprendeu durante o período de confinamento, além de revelar seu talento como compositor: "No dia do teste para o personagem eu criei uma música de que gostaram muito e acredito que esse tenha sido um grande diferencial para que eu pudesse dar vida ao Rodrigo". Confira abaixo:
Um Tio Quase Perfeito 2 é, sem dúvida, um filme para toda a família. Qual a lição mais importante que trouxe para você?
Além do filme trazer muitos momentos divertidos, ele também traz uma mensagem muito importante, que é sobre o perdão. Sabemos que às vezes é muito difícil encarar as mudanças que acontecem em nossas vidas familiares, especialmente quando pessoas novas passam a fazer parte do nosso convívio diário. Essas situações podem até mesmo gerar muito ciúmes e insegurança em algumas pessoas, levando-as a agirem de formas erradas sem pensar nas consequências. Mas no fim, o arrependimento e o perdão prevalecem sempre!
Qual foi a parte mais divertida em participar dessa produção?
Não quero dar muito spoiler, mas tem um momento especial em que rola uma “Missão Impossível” do Tio Tony com seus sobrinhos e com o Rodrigo (meu personagem) juntos. Não vou dar mais detalhes, mas posso dizer que foi muito legal gravar e o resultado final ficou demais!
O que o público pode esperar do seu personagem nesse filme?
O Rodrigo é um personagem bem diferente de tudo o que já fiz. Ele é praticamente o oposto de mim: é tímido, tem ciúmes de seu pai, o Beto (Danton Mello), e não gosta muito da ideia de se tornar parte da família do Tio Tony (Marcus Majella). Mas eu e o Rodrigo temos algo muito em comum, que é gostar de tocar violão e fazer músicas. Inclusive, em algumas cenas o Rodrigo canta algumas músicas que eu mesmo compus e me deram a liberdade de incluí-las no filme! Uma curiosidade é que no dia do teste para o personagem eu criei uma música de que gostaram muito e acredito que esse tenha sido um grande diferencial para que eu pudesse dar vida ao Rodrigo.
Falando sobre expectativa x realidade: teve algum aspecto das gravações que você imaginou que seria de um jeito e acabou sendo de outro?
Sim. Como o pessoal todo praticamente já se conhecia pelo primeiro filme, eu fiquei um pouco apreensivo de como seria recebido pelo elenco, principalmente pelas crianças. Mas me surpreendi muito com a forma como fui bem recebido por toda a equipe e elenco! Eu e as crianças criamos um vínculo tão grande, que era difícil nos “desgrudarmos” durante os ensaios e gravações. O Marcus Majella também foi muito atencioso e aceitou criar bastante comigo em cena, mesmo eu sendo “novato” na família. Outro ponto marcante foram as conversas com o meu pai (Danton Mello), que nos aproximaram bastante como pai e filho.
Quais são os desafios em estrear uma produção para o cinema no meio da pandemia?
O maior desafio para mim, nesse momento, é com a minha família que mora em Curitiba. Eles estão muito ansiosos para assistir, porém os cinemas de lá estão todos fechados por causa da pandemia, o que todos nós certamente entendemos devido ao momento que estamos vivendo.
Outro desafio foi não ter um reencontro com todo o elenco e a equipe em uma festa de estreia, pois a aglomeração seria grande. Mas eu e as crianças (Júlia Svacinna, João Barreto e Soffia Monteiro) combinamos de ir assistir ao filme no dia da estreia, respeitando todos os protocolos de segurança dos cinemas abertos aqui no Rio de Janeiro.
E como a sua vida, de maneira geral, mudou no meio dessa pandemia?
Essa pandemia me deu uma grande oportunidade de me desenvolver mais ainda, então foquei bastante no aprendizado de inglês, algo que pode me ajudar muito em trabalhos futuros. Também tive oportunidade de levar alguma esperança e compartilhar meu conhecimento com muitos jovens por meio de entrevistas e vídeo chamadas realizadas com turmas de escolas, turmas de teatro e até mesmo com pessoas de comunidades carentes. Isso foi bastante positivo neste ano, pois pude chegar a lugares e pessoas que, talvez, pessoalmente nunca teria a oportunidade.
Você já sabe quais são os próximos passos na carreira?
Acredito que em breve as produções irão voltar com força total, então creio que os planos para o futuro são novelas, séries e até outros filmes. Fiz alguns testes até internacionais durante a pandemia e sei que esse é só o começo de coisas grandes que estão por vir.
Você tem uma coleção de máscaras incrível! Gostaria de reforçar alguns cuidados nessa época de pandemia para os nossos leitores?Quero aproveitar e dizer para que os leitores continuem se cuidando, lavando sempre as mãos, passando álcool em gel e ficando em casa na medida do possível. Se precisar sair, faça como eu, use uma máscara que faça as pessoas sorrirem em meio a esse momento tão difícil que estamos vivendo!