Cantor tinha bronquite asmática e precisava levar o inalador para a escola, mas levava tapas na cabeça
Redação Publicado em 30/04/2021, às 09h50
Na quinta-feira (29), começou a última prova do BBB21, que já está na reta final. Por ser de resistência, os participantes tiveram muito tempo para conversar e foi durante um desses momentos de bate-papo que Fiuk abriu o coração e relembrou sua infância.
"Eu sempre sofri muito bullying, não sei o porquê. Eu estudei em dez escolas, Gil. Então, eu sempre fui muito quietinho. Não gostavam de ser meus amigos. As meninas sempre me defendiam porque eu sempre apanhava dos meninos. Sempre me acolheram", contou ele.
"O que me salvou foi isso, sempre as meninas, de verdade. Toda escola que eu estudava eu só era esculachado. Os meninos não queriam ser meus amigos. Teve uma época que eu tinha bronquite asmática, eu tinha que levar o inalador para a escola, era um terror. Me davam tapas na cabeça, eu ficava com falta de ar e todo mundo ria. Era bem difícil".
Bullying é um fenômeno comum. É a soma diária e repetida de ações violentas (físicas e emocionais), de intimidação, de exclusão, de humilhação, que visam desestabilizar e isolar a vítima. Bullying vem do termo inglês “bully”, que é usado para designar o valentão, o brigão, aquele que quer mandar. Bullying tem tudo a ver com um jogo de poder e de dominação.
1. Ele produz um tremendo impacto na vítima, que pode ter sua saúde mental abalada, queda no rendimento, dificuldades de relacionamento, quadros ansiosos, depressivos e maior risco de comportamentos autoagressivos, inclusive com risco de suicídio.
2. O bullying é praticado, muitas vezes, por agressores que já foram vítimas de violências físicas e psíquicas em sua história pessoal (pais agressivos, preconceitos, discriminação e exclusão social). Assim, se forma um ciclo em que vítimas podem ser transformar em agressores, e assim sucessivamente. Isso não justifica e nem atenua o bullying, mas pode apontar caminhos para interrompê-lo.
3. Não existe só agressor e vítima no bullying. Existe um terceiro elemento muito importante, a plateia, que assiste calada ou até aplaude as agressões, e que acaba, mesmo involuntariamente, autorizando o agressor a seguir seu caminho. Ele joga para seu público cativo para se afirmar e tentar manter sua liderança. A vítima é o que menos importa nessa história, ela passa a ser apenas o “meio” que justifica os “fins”. Por isso, para desarmar e evitar uma situação de bullying em uma sala de aula, por exemplo, os três elementos (agressor, vítima e plateia) têm que ser trabalhados.
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