Depois de experimento feito em ambiente, não usuários apresentaram resultado positivo em teste para detectar a droga
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h27 - Atualizado às 23h56
A exposição à fumaça do cigarro de maconha dentro de ambientes pouco ventilados, como automóveis com janelas fechadas, pode fazer com que não usuários da droga tenham alterações de memória e coordenação, e, em alguns casos, apresentem resultado positivo em exames para rastrear a substância na urina.
A conclusão, de uma equipe da Universidade Johns Hopkins, foi publicada na revista Drug and Alcohol Dependence.
A equipe recrutou sete usuários frequentes de maconha de 18 a 45 anos, e outros 12 não usuários com a mesma faixa etária. Eles foram colocados juntos em ambientes pequenos e fechados, e os usuários receberam cigarros de maconha fortes para fumar. Depois de um tempo, todos passaram por testes de urina, saliva e sangue.
Algumas horas depois do experimento, quatro dos seis não usuários de maconha apresentaram resultado positivo em testes para detectar a presença de THC (substância ativa da maconha) na urina. Ao passar por exames de coordenação motora e memória, eles também tiveram desempenho pior que o registrado antes da pesquisa.
Os resultados servem de alerta para quem, por exemplo, oferece carona para quem fuma maconha. Mesmo sem dar um trago, o motorista pode ter a capacidade de conduzir o veículo prejudicada pela fumaça.