Pesquisa com ratos mostra que a fumaça da maconha é tão prejudicial para os vasos sanguíneos quanto a do cigarro
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h22 - Atualizado às 23h57
Todo mundo sabe que o fumo passivo é prejudicial à saúde, tanto que há cada vez mais políticas de restrição ao cigarro em ambientes fechados. Um estudo com ratos sugere que ficar ao lado de alguém que fuma maconha traz o mesmo prejuízo para o coração e os vasos sanguíneos.
Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, ratos tiveram a função das artérias reduzida em 70% depois de apenas 30 minutos de exposição à fumaça produzida pela maconha. E isso ocorria mesmo quando o THC – componente psicoativo da droga – era retirado.
Em estudos anteriores feitos com o tabaco, a função dos vasos sanguíneos voltava ao normal 30 minutos após encerrada a exposição. Mas isso não aconteceu com os ratos expostos ao fumo passivo de maconha.
Para o autor do estudo, o professor de cardiologia Matthew Springer, estudos como este são importantes agora que a maconha tem sido legalizada em vários Estados americanos. Os resultados foram apresentados em um evento da Associação Americana do Coração e divulgados no site do jornal britânico Daily Mail.
Ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar os efeitos do fumo passivo da cannabis em seres humanos. Mas, para Springer, não há por que achar que a fumaça da maconha é melhor que a do cigarro.