Segundo pesquisadores, uma variante genética faz com que certas pessoas metabolizem a cafeína mais rápido que as outras
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h42 - Atualizado às 23h54
Você consegue tomar um café depois do jantar e, ainda assim, dormir como um anjo? Ou você sempre evita a bebida após as 18h, para não ficar sem sono? A forma como cada pessoa responde à cafeína é definida pelos genes, segundo diversos estudos científicos.
Um deles, que acaba de sair no periódico Human Molecular Genetics, sugere que uma variante no gene CYP2A pode ter impacto nos hábitos de consumo de café. Para algumas pessoas com essa característica, a bebida é metabolizada mais rápido, o que significa que a cafeína deixa de fazer efeito pouco tempo depois de ingerida.
Pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, encontraram a relação após analisarem dados de 9.879 indivíduos de origem europeia. Eles também descobriram que a mesma variante é capaz de interferir no metabolismo da nicotina e de outras substâncias, como drogas contra insônia, Parkinson e hipertensão.
A descoberta pode ser importante, no futuro, para ajudar as pessoas a saber com que frequência podem tomar um cafezinho sem prejudicar o sono. Por enquanto, a recomendação é evitar bebidas com cafeína algumas horas antes de ir para a cama.