Doutor Jairo
Leia » Celebridade

Gil do Vigor conta que fez tratamento de “cura gay”; isso funciona?

Gil marcou o BBB21 ao dar o primeiro beijo gay do reality - Reprodução / Instagram (Cauê Moreno/Globo Livros)
Gil marcou o BBB21 ao dar o primeiro beijo gay do reality - Reprodução / Instagram (Cauê Moreno/Globo Livros)

Redação Publicado em 15/06/2021, às 09h45

Desde que entrou no BBB21, Gilberto Nogueira — ou Gil do Vigor — viu sua vida mudar drasticamente. Foi dentro da casa mais vigiada do Brasil que o economista protagonizou o primeiro beijo gay do reality e finalmente conseguiu viver como queria: livre.

Em seu livro recém-lançado, Tem que vigorar, o ex-BBB conta sobre como era difícil aceitar sua sexualidade quando ainda  frequentava a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Segundo ele, havia muita repressão por não ter “jeito de homem” e, por isso, Gil passou por uma espécie de treinamento, em que um amigo o filmava e apontava seus “trejeitos errados”.

Confira:

"Essas coisas absurdas pelas quais passava me faziam demorar ainda mais para aceitar minha sexualidade, para aceitar que não sou doente, que é tudo um enorme preconceito", desabafa ele.

Mas a cura gay realmente funciona?

Como é possível ver no caso de Gil, não! A tal “cura gay”, muitas vezes feita com acompanhamento psicológico, pode traumatizar e afetar negativamente a vida da pessoa que é submetida a ela, mas não vai, de fato, mudar os desejos e sentimentos que ela tem.

Vale lembrar que a sexualidade é algo que nasce com a pessoa e, até hoje, não se sabe muito bem o motivo para cada um ter a sua. No entanto, é certo afirmar que não é algo que a pessoa escolhe e, muito menos, que pode mudar com tratamentos psicológicos. 

Por fim, ser gay não é nenhum tipo de doença para precisar de “cura”. Em 17 de maio de 1990, há 31 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). Logo, ao sugerir uma “cura gay”, fica clara a homofobia e o preconceito ainda presentes na sociedade. 

Assista também: