Empresa investe em ações de conscientização, parcerias e recursos para a denúncia deste tipo de conteúdo
Redação Publicado em 21/05/2021, às 17h00
Na semana do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – 18 de maio – , o Google fortalece seu compromisso pelo combate a materiais de abuso sexual infantil e pela construção de um ambiente digital mais seguro e saudável.
Para promover a conscientização e identificação desse tipo de conteúdo, assim como fornecer meios de denúncia e remoção, a empresa realiza ações estratégicas efetivas de parcerias em programas de enfrentamento e divulga ferramentas digitais para prevenir a disseminação dessa forma de violência dentro e fora da internet.
Uma das plataformas utilizadas é a API Content Safety, que utiliza a inteligência artificial com objetivo de ajudar organizações e empresas a identificarem material com abuso sexual infantil. A ferramenta fiscaliza de forma minusciosa os potenciais materiais ilegais, estabelecendo protocolos rígidos na hora de analisar o conteúdo.
Em outras palavras, o sistema ajuda os revisores humanos a priorizarem o reconhecimento de materiais com abuso sexual infantil, aumentando em até sete vezes a agilidade do processo de registro e denúncia contra esse tipo de produção.
Outra alternativa é o CSAI Match, uma tecnologia desenvolvida pelo Youtube com intuito de eliminar imagens de abuso sexual infantil em vídeos publicados na plataforma. Através do uso de correspondência de hash para identificar produtos considerados abusivos, é possível detectar esse tipo de material mesmo com o grande volume de conteúdo.
Criada em 2008, a tecnologia de hash cria um código digital exclusivo para cada imagem identificada como potencialmente contendo abuso sexual infantil, e identifica réplicas que possam existir em outras bases. Um arquivo compartilhado com o setor de hashes de vídeo permite encontrar e bloquear produções de cunho de abuso infantil previamente detectadas. Assim, outras empresas também podem remover o mesmo conteúdo de suas plataformas.
Além de tudo isso, desde 2013, a busca do Google trabalha com algoritmos que ajudam a impedir que imagens, links e vídeos de abuso sexual infantil sejam exibidos nos resultados. Atualmente, a empresa verifica automaticamente milhões de consultas e, quando é encontrada alguma correspondência ao conteúdo abusivo, ela sinaliza aos parceiros para que todos possam denunciar de forma responsável e seguindo as regulamentações locais.
Constantemente, o Google revisa e ajusta seus sistemas e políticas para responder de forma eficaz às novas ameaças e tendências que surgem, assim como para incorporar a melhor e mais recente tecnologia no combate a diversos tipos de violência.
Qualquer pessoa pode denunciar conteúdos que violam as políticas de segurança infantil definidas pelas diretrizes da comunidade do Youtube ou na Central de segurança do Google. Além disso, na página g.co/legal , é possível denunciar conteúdo que, na opinião do usuário, viole a legislação ou seus direitos.
A empresa também mantém uma série de parcerias estratégicas para combater a violência. Neste mês de maio, está apoiando o projeto Crescer sem Violência (crescersemviolencia.org.br ), organizado pelo Canal Futura, pela Childhood Brasil e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil.
Com a hashtag #emcasasemviolência, o programa mobiliza as redes das instituições parceiras com o compartilhamento de informações voltadas para conselhos tutelares, profissionais de educação, crianças e adolescentes e o público em geral, apresentadas pelos personagens da série de animação "Que corpo é esse?".
Dados recentes sobre o cenário brasileiro também serão disponibilizados, incluindo os da Pesquisa Diagnóstica "Violências sexuais contra crianças e adolescentes em tempos de pandemia por Covid-19", uma pesquisa que investigou Conselhos Tutelares das cinco regiões do país e descobriu que a escola foi a instituição que mais fez falta em relação a denúncias de casos de abuso sexual infantil aos órgãos competentes.
O estudo é o primeiro desenvolvido especificamente sobre este tipo de violência durante a pandemia, e revelou que a quebra de vínculo não ocorreu apenas entre escola e Conselho Tutelar, mas o fechamento das instituições de ensino para aulas presenciais deixou crianças e adolescentes desassistidos. A pesquisa também identificou que, em metade dos Conselhos pesquisados, a severidade dos casos denunciados aumentou.
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