Gravidez de gêmeos: 4 fatos que você precisa saber!

Isa Scherer está grávida de gêmeos e diz que bebês precisam nascer até 38 semanas; entenda o porquê

Milena Alvarez Publicado em 24/08/2022, às 14h00

Isa Scherer está na 36ª semana de gestação e os bebês podem nascer a qualquer momento - Reprodução / Instagram

“Parabéns, são gêmeos!” Essa foi a frase que a atriz e vencedora da oitava temporada do reality culinário MasterChef Brasil, Isabella Scherer, escutou ao fazer um ultrassom logo após descobrir que estava grávida. Desde abril ela compartilha com seus seguidores todas as “dores e delícias” de uma gravidez gemelar.

Com 36 semanas, os gêmeos Mel e Bento podem vir ao mundo a qualquer momento. Nessa reta final da gestação, Isa contou que espera que eles cheguem logo (ainda essa semana) e mostrou o barrigão ao postar uma foto com a legenda: “essa barriga não tem limites”. 

Na semana 38 eles têm que nascer. Vou esperar entrar em trabalho de parto, mas se passar de 38 semanas, a gente vai agendar", escreveu ela ao responder uma seguidora.

 

Enquanto esperamos o nascimento dos bebês mais aguardados do momento pela internet, a obstetra Maria Virginia Werneck nos ajudou a esclarecer algumas dúvidas sobre esse assunto. Conheça quatro fatos importantes sobre gravidez gemelar que você precisa saber: 

1. Nem sempre é preciso ter histórico familiar

Com certeza você já ouviu, quando uma mulher fica grávida de gêmeos, alguém perguntar: “Ah, mas tem gêmeos na família?”. Entretanto, esse fator não é essencial para que se tenha uma gestação gemelar. Segundo Virginia, a história familiar de gêmeos só é importante em casos de gêmeos não idênticos, relacionado, principalmente, ao histórico materno: “A maior parte das gestações gemelares não está relacionada à história familiar”. 

A especialista explica ainda que há duas formas de uma gestação gemelar acontecer:

  1. Um embrião (óvulo + espermatozoide) já formado se divide em dois, dando origem aos gêmeos idênticos, com a mesma carga genética e, obrigatoriamente, do mesmo sexo. Porém, dependendo do momento que essa divisão acontece, podemos ter uma placenta para cada gêmeo ou os dois dividirem a mesma.
  2. Dois ou mais óvulos são fecundados por diferentes espermatozoides, levando à geração de gêmeos não idênticos, que podem ou não ser do mesmo sexo. Nesse caso, há sempre uma única placenta para cada um.

Além disso, existem outros fatores que aumentam a probabilidade de uma gestação gemelar, como tratamentos de fertilidade que usam medicamentos que estimulam o desenvolvimento de um número maior de óvulos maduros a cada ciclo menstrual. Vale lembrar que, em geral, na raça humana, apenas um óvulo chega à maturação a cada mês.

A idade materna avançada e a obesidade podem estar relacionadas à probabilidade de gêmeos não idênticos (que podem ou não ser do mesmo sexo)”, completa Virginia. 

2. Gêmeos podem ser concebidos em dias diferentes

Apesar de pouco provável, isso é possível. No geral, a ovulação ocorre em um momento muito específico do ciclo menstrual, e os dias que antecedem e sucedem essa data formam o chamado “período fértil”. Portanto, é difícil que ocorram ovulações distintas em momentos muito diferentes do ciclo. Mas a fecundação de óvulos distintos pode acontecer em relações sexuais diferentes, num mesmo período fértil. Nesse caso, a mulher desenvolveu dois ou mais óvulos (ao invés de um) e teve os dois fecundados. 

Confira:

3. O risco de parto prematuro é maior 

Uma gravidez gemelar oferece chances maiores de um parto prematuro em comparação à gestação de um único bebê. 

Isso acontece porque o espaço dentro do útero fica muitas vezes pequeno para manter os fetos em crescimento e pode haver um aumento da pressão sobre o colo uterino, que acaba se dilatando antes do tempo”, explica Virginia. 

Além disso, esse tipo de gestação é considerado de risco pela possibilidade de complicações fetais, como restrição de crescimento, e maternas, como náuseas e vômitos aumentados, anemia, hipertensão e parto operatório (cesariana).

4. Eles têm um tempo limite dentro da barriga

De acordo com a obstetra, nas gestações simples, a gravidez pode chegar às 42 semanas completas, mas nas gemelares, em geral, não ultrapassam as 39 semanas. Entretanto, Virginia explica que o momento ideal do parto para qualquer gestação, seja ela gemelar ou não, é a partir de 38 semanas (oito meses). 

Se tudo correr bem na gestação gemelar, com mãe e fetos em boas condições, é possível aguardar até que a paciente entre em trabalho de parto no seu tempo. No entanto, quando há alguma alteração obstétrica, o parto deve ocorrer no melhor momento para garantir as melhores condições. A partir das 26 semanas (seis meses e meio), há chances de sobrevida fetal, que aumentam com o avançar da gravidez”, comenta Virginia. 

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