Estudo sugere que homens com altos níveis de ocitocina têm maior probabilidade de sofrerem com o distúrbio
Redação Publicado em 02/02/2022, às 14h30
Homens com transtorno hipersexual podem apresentar níveis mais altos de ocitocina no sangue, também conhecida como "hormônio do amor”, quando comparados a indivíduos sem a condição. É o que sugere um novo estudo realizado pela Endocrine Society e publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
De acordo com os pesquisadores, os dados revelaram que homens com o chamado transtorno de comportamento sexual compulsivo (ou hipersexual) tinham índices mais elevados de ocitocina do que homens saudáveis. Além disso, a terapia cognitiva-comportamental (TCC) parece levar a uma redução tanto da conduta hipersexual quanto do hormônio.
O transtorno hipersexual é caracterizado por um padrão persistente de falha para controlar impulsos sexuais repetitivos e intensos por, no mínimo, seis meses. A busca constante por atividade sexual tem um foco central na vida dessas pessoas a ponto de negligenciarem a própria saúde e integridade, outros interesses e responsabilidades, o que resulta em prejuízo para a vida pessoal, profissional, familiar e afetiva.
Indivíduos que sofrem com a condição fazem um esforço enorme para mudar, mas não conseguem, o que só aumenta o sofrimento. No fim das contas, o sexo traz pouco ou mesmo nenhuma satisfação.
Confira:
Assim, uma pessoa com o transtorno não consegue ter uma vida normal e produtiva, muito menos se manter em um relacionamento funcional.
Para a pesquisa, a equipe analisou amostras de sangue de 64 homens com transtorno hipersexual e 38 indivíduos saudáveis. Após verificarem que os níveis de ocitocina no sangue eram maiores entre os participantes com a condição, trinta deles foram encaminhados para um programa de terapia cognitiva-comportamental, no qual foi observada uma redução significativa nos índices hormonais após o fim do tratamento.
Segundo os pesquisadores, a ocitocina desempenha um papel importante quando o assunto é hipersexualidade e, consequentemente, pode ser um potencial alvo de medicamentos para um futuro tratamento farmacológico.
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