Enquanto eles se concentram mais na trajetória do artista, elas prestam mais atenção no objeto de arte em si
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h20 - Atualizado às 23h57
O trabalho, publicado na revista Psychology & Marketing, foi feito para avaliar a importância do nome de um artista ao se vender obras de arte para consumidores médios. Mas traz dados interessantes sobre as diferenças entre os gêneros.
Os pesquisadores recrutaram 518 pessoas para olhar duas pinturas desconhecidas, com as biografias dos pintores apresentadas ao lado. Um grupo teve acesso aos dados de um artista autêntico e com longa trajetória, enquanto o outro leu sobre um artista comum, que havia iniciado a carreira recentemente.
Quando o artista era apresentado como autêntico, as pessoas tinham uma impressão muito mais favorável sobre a obra e o autor e, claro, eram mais propensos a pagar mais pelo trabalho.
Porém, enquanto os homens mostraram maior tendência a usar o nome do artista como fator decisivo para avaliar e comprar a obra, as mulheres davam mais valor para a obra em si.
Uma das autoras do estudo, a professora Stephanie Mangus, da Universidade do Estado de Michigan, observa que, apesar de o mercado de arte ter crescido de forma estável nos últimos dez anos, há poucas pesquisas sobre a forma como os consumidores avaliam os trabalhos.
Os resultados, segundo ela, servem como dica para quem tem talento: mesmo chefs de cozinha e designers, que costumam atuar mais nos bastidores, deveriam comunicar melhor a paixão e comprometimento com sua arte para melhorar as vendas. Pois isso faz diferença para os consumidores, em especial os homens.