Homens fazem escolhas e decisões mais extremas, diz estudo

Homens fazem escolhas e decisões mais extremas: este é o principal achado de uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Sydney (Austrália), que envolveu mais de 50.000 participantes e foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS). 

De acordo com os pesquisadores, os achados mostram que as escolhas mais extremas dos homens podem ser tanto positivas como negativas. Além disso, saber se as pessoas do sexo masculino e feminino tomam decisões diferentes é uma das questões mais fundamentais (e controversas) da pesquisa psicológica. 

Variabilidade masculina

O estudo revelou que os homens são muito mais propensos do que as mulheres a estar em extremidades do espectro comportamental, agindo de forma muito egoísta ou muito altruísta, muito confiante ou desconfiada, muito justa ou injusta, muito ousada ou avessos a riscos, além de muito focados no curto prazo ou no longo prazo. 

Os pesquisadores sugerem que as diferenças podem ter raízes evolutivas, mas também há explicações alternativas para o que é conhecido como maior variabilidade masculina. Os homens, por exemplo, ao contrário das mulheres, investem menos na paternidade, são menos seletivos na escolha de companheiros e competem mais por parceiros sexuais. 

Essa teoria propõe que os homens precisaram desviar da média para se destacar e serem atraentes para as mulheres. Outra possível explicação está nas normas e expectativas de um comportamento masculino aceitável e socialmente construído e reforçado. 

Assim, este pensamento sugere que o patriarcado erguido por diversas sociedades conseguiu restringir as mulheres e, consequentemente, as oportunidades para elas apresentarem o mesmo nível de variabilidade que os homens. 

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Análise da extremidade

Para realizar a pesquisa, a equipe – formada por cientistas de várias partes do mundo – examinou as diferenças sexuais no altruísmo, cooperação, confiança, equidade e atitudes em relação ao tempo e ao risco de tomar decisões econômicas. 

Segundo os pesquisadores, essas diferenças de gênero na variabilidade são difíceis de identificar - e o estudo foi focado nas divergências relacionadas aos comportamentos médios. Para eles, é preciso, portanto, olhar para as diferenças em condutas extremas para entender melhor o que pode estar causando esses valores tão distintos.

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