Segundo os dados, a solidão aumenta a propensão em 10% para homens de meia-idade
Redação Publicado em 27/04/2021, às 19h00
Um novo estudo da Universidade da Finlândia Oriental mostrou que a solidão entre homens de meia-idade está associada a um risco aumentado de câncer. Diante disso, para os pesquisadores, aspectos como a solidão e as relações sociais devem ser levados em conta como parte importante da atenção à saúde e prevenção de doenças.
Segundo os autores, os achados – publicados no periódico Psychiatry Research – reforçam a ideia de que a solidão pode ser um risco à saúde tão significativo quanto o tabagismo ou o excesso de peso.
A pesquisa foi lançada na década de 1980 com 2.570 homens de meia-idade moradores da região leste da Finlândia. Desde então, a saúde e a mortalidade dos participantes têm sido monitoradas com base em dados cadastrais.
Ao longo do acompanhamento, 649 homens, ou seja, 25% dos estudados, desenvolveram câncer e 283 (11%) morreram com a doença. De acordo com os dados, a solidão aumentou em cerca de 10% as chances do aparecimento de algum tipo de câncer.
Essa associação foi observada independentemente da idade, status econômico, estilo de vida, qualidade do sono, sintomas depressivos, índice de massa corporal, doenças cardíacas e outros fatores de risco. Além disso, a mortalidade por câncer foi maior em participantes que eram solteiros, viúvos ou divorciados.
Para os pesquisadores, o estudo ajuda na conscientização sobre os efeitos da solidão na saúde e como essa relação tem aumentado nos últimos anos.
É importante analisar em mais detalhes os mecanismos pelos quais a solidão causa aspectos adversos à saúde de uma pessoa, já que essas infromações permitiriam aliviar de forma mais acertiva a solidão, reduzir os danos provocados por ela e encontrar medidas preventivas.
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