Doutor Jairo
Leia » Saúde íntima

Homens também podem tomar vacina de HPV?

Veja como se proteger do vírus - iStock
Veja como se proteger do vírus - iStock

Redação Publicado em 26/11/2021, às 12h00

Ter uma vacina que evite o câncer parece um sonho distante, mas o que algumas pessoas não sabem é que existe um imunizante que pode evitar pelo menos alguns tipos de tumores. Trata-se da vacinação contra o HPV, o papilomavírus humano. “Existem duas, a bivalente e a quadrivalente. Elas protegem com bastante eficácia, quase 80% a 90%, alguém que nunca teve exposição ao vírus”, comenta Caio Neves, oncologista do Instituto do Câncer de Brasília. Esse agente infeccioso é um dos responsáveis pelas infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns do mundo e que nos homens costumam provocar lesões como verrugas genitais e infecções. Além de alterações pré-cancerígenas, que podem acarretar alguns tipos de câncer no pênis, no ânus, na boca, na garganta, nos pés e nas mãos. 

Confira:

No caso dos homens, especialistas lembram que além do câncer de próstata, outras doenças podem ter diagnóstico precoce ou até mesmo serem evitadas. “É importante que todos estejam com os exames de rotina em dia. O HPV, por exemplo, é transmitido através da relação sexual, seja ela uma relação vaginal, anal ou oral, e os sintomas, geralmente, são descobertos apenas quando a doença já está em um estágio mais avançado, dificultando assim o tratamento”, afirma Caio. 

Prevenção 

Uso do preservativo – seja ele feminino ou masculino – nas relações sexuais é a principal forma de prevenção. Outra forma muito importante é a vacinação. No Brasil, a vacina contra o vírus está disponível o ano inteiro nas Unidades Básicas de Saúde do SUS. Em países como Estados Unidos, Suécia e Canadá, as taxas de infecção já caíram até 80% graças à imunização. “É importante acompanhar o calendário e não apenas iniciar, mas concluir o esquema vacinal. A imunidade só está completa quando se toma todas as doses. No caso do HPV, são duas para adolescentes e três para imunodeprimidos”, explica o oncologista do ICB. 

Assista também: