Atitudes contrárias à homossexualidade inibem a utilização dos serviços de prevenção à Aids e testagem
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h28 - Atualizado às 23h56
A pesquisa, liderada pela Escola de Saúde Pública de Yale, nos Estados Unidos, foi publicada na revista Aids. O principal autor, John Pachankis, comenta que as atitudes em relação à homossexualidade variam muito em toda a Europa. Ele e sua equipe quiseram investigar o impacto da homofobia na saúde de gays e lésbicas e o resultado foi preocupante.
Para realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram dados de um levantamento feito em 35 países europeus pela internet para avaliar conhecimentos, comportamentos e uso dos serviços de saúde por um total de 174 mil homens gays e bissexuais. Essas informações foram combinadas com a análise de leis, políticas e atitudes sociais em relação à homossexualidade.
Eles descobriram que os homens que vivem em países com maiores níveis de homofobia sabiam menos sobre o HIV e eram menos propensos a usar preservativos. A equipe também observou um aumento do risco de Aids para esses homens, uma vez que a oportunidade de contato sexual aumenta nessas regiões, em grande parte por causa de novas tecnologias, como aplicativos para celulares que facilitam encontros.