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Infodemia: entenda a nova palavra do nosso dicionário

Em um ambiente rodeado por tecnologia, a infodemia ganha ainda mais força com as mídias sociais - iStock
Em um ambiente rodeado por tecnologia, a infodemia ganha ainda mais força com as mídias sociais - iStock

Redação Publicado em 10/08/2021, às 18h00

A Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou a nova edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), que reúne todas as palavras do nosso idioma e a forma como devem ser escritas. Esta é a 6ª edição e a primeira atualização em 12 anos (a última aconteceu em 2009). 

Dessa vez, o Volp conta com 382 mil entradas e mil palavras novas, incluindo estrangeirismos, como home office (trabalhar de casa) e lockdown (confinamento). Segundo a ABL, a revisão foi realizada devido ao grande volume de palavras que passaram a fazer parte do cotidiano da língua na última década. 

Além disso, muitos termos adicionados estão diretamente relacionados às palavras que nasceram no contexto da pandemia do novo coronavírus, como é o caso da infodemia. 

O que é infodemia?

Em janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que “a Comunicação de Risco e Engajamento Comunitário (CREC) ajuda a prevenir infodemias (quantidade excessiva de informação sobre um problema que dificulta a identificação de uma solução) [...]."

Assim, o termo “infodemia” – radical info (deduzido de informação) + demia (do grego dêmos “povo”) – indica a propagação em massa de informações, algumas delas verdadeiras, outras não. 

Confira:

Em um contexto de pandemia, essa avalanche de notícias e dados acaba levando ao surgimento da desinformação e das chamadas “fake news”, pondo em risco o combate ao novo coronavírus. 

Em tempos em que a tecnologia é praticamente onipresente, esse fenômeno ganha ainda mais força através das mídias sociais. Segundo a OMS, em um período de 30 dias, são mais de 360 milhões de vídeos carregados no YouTube relacionados à Covid-19 e 500 milhões de tweets com os termos coronavírus, covid19, ou pandemia. 

Outros termos

Juntamente com o conceito de “infodemia”, o Vop trouxe outros vocabulários relacionados à Covid-19, como o próprio nome da doença e a telemedicina – atendimento médico através dos meios de comunicação e da tecnologia –, além de palavras que, nos últimos anos, ganharam espaço: 

  • Feminicídio: homicídio praticado contra mulher decorrente de violência doméstica ou familiar e/ou por motivo de menosprezo ou discriminação de gênero; 
  • Uberização: termo usado para indicar a transição para o modelo de negócio sob demanda caracterizado pela relação informal de trabalho e uso por meio de aplicativos; 
  • Vegano: pessoa que deixa de consumir produtos e serviços que envolvam exploração animal; 
  • Nomofobia: medo de ficar sem acesso ao celular ou dispositivos como computador ou tablet;
  • Negacionismo: recusa em aceitar a existência ou validade de algo, apesar de evidências que o comprovam.  

Entre os mil novos vocábulos adicionados, também estão diversos estrangeirismos: botox, bullying, compliance, coworking, crossfit, delay, live-action, podcast, emoji, parkour, jihad, chimichurri, entre outros.

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