Intervenção pode ajudar a combater bullying entre meninas

Projeto criado por pesquisadores da Universidade do Missouri envolve sessões de aconselhamento para cuidadores

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h20 - Atualizado às 23h57

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Um trabalho feito por pesquisadores norte-americanos mostra que é possível agir contra o bullying, um problema que pode levar as vítimas a transtornos psiquiátricos e até suicídios. A equipe atuou em um tipo específico de agressão, aquele protagonizado por meninas, que inclui fofocas, exclusão  do grupo e rejeição. Nos Estados Unidos, essas jovens são chamadas de “Mean Girls”.

Pesquisadores da Universidade do Missouri desenvolveram e testaram um plano de intervenção, batizado de “Growing Interpersonal Relationships through Learning and Systemic Supports”, ou “Girlss”. Ele envolve cuidadores e familiares, além das próprias meninas que praticam bullying.

Ao longo de dez semanas, cuidadores e familiares passam por sessões de aconselhamento em grupo e também por telefone. As estudantes, na faixa etária de 12 a 15 anos, participam de sessões semanais de 70 minutos com discussões interativas de exemplos baseados em fatos da mídia, dramatizações e definições de metas.

No final da intervenção, professores e coordenadores relataram uma diminuição de comportamentos agressivos entre as meninas da escola que participou do estudo.

Para uma das autoras do estudo publicado no Journal of Child and Family Studies, Melissa Maras, o projeto representa um primeiro passo para ajudar as escolas a lidarem com o problema. Ela avisa que pais e professores devem estar cientes do bullying e tomar cuidado para não contribuir, ainda que involuntariamente, para o comportamento negativo das meninas.

A intervenção ainda precisa ser aplicada em outras escolas, para que seja avaliada com base no feedback dos participantes e, eventualmente, melhorada. Mas o importante é que cada vez mais projetos desse tipo sejam criados, para que educadores e famílias tenham ferramentas para combater o bullying.

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