Da Redação Publicado em 04/11/2020, às 15h21
Pesquisadores europeus afirmam que crianças e adolescentes que praticam bullying são mais propensos a se tornar indivíduos violentos no futuro. A conclusão foi obtida a partir de um estudo que contou com 871 estudantes de 10 a 17 anos de idade.
Eles descobriram que o bullying é um fator de risco para o desenvolvimento de comportamentos violentos em casa, contra a família, assim como na escola e em outros ambientes. Em outras palavras, crianças e adolescentes que humilham ou agridem colegas são mais propensos a ser agressivos com pais ou irmãos, ou a se envolver em brigas no futuro.
A equipe, das universidades de Córdoba, na Espanha, e de Cambridge, no Reino Unido, verificou que quem agride alguém diretamente tem uma tendência a ser impulsivo, e demonstra uma motivação cega para realizar os próprios desejos sem levar em conta possíveis consequências negativas para as vítimas.
Os jovens identificados como agressivos também apresentaram uma tendência que os especialistas chamam de “desligamento moral”: eles pediam desculpas não por se sentirem culpados, mas apenas para que seus atos parecessem menos graves do que realmente eram.
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O estudo também mostrou que competências sociais e emocionais, como consciência social, autogestão, motivação e tomada de decisão, são fatores de proteção contra a violência. E eles defendem que isso é algo que pode ser ensinado aos mais novos.
Os resultados reforçam a ideia de que o aprendizado de habilidades sociais e emocionais, tanto em casa quanto na escola, é fundamental para a prevenção da violência em geral.
Como bem observam os autores, vivemos uma pandemia de violência há muito tempo, que também traz graves consequências para a sociedade, a economia, a saúde e as relações humanas. Combater o bullying, portanto, é uma forma de inibir agressões ainda mais graves no futuro.
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