Segundo estudo, adolescentes que não interagem bem com familiares, colegas e amigos têm mais risco de usar álcool, maconha e cigarro
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h37 - Atualizado às 23h55
Adolescentes mais sociáveis são mais propensos a beber, usar drogas e fumar, segundo cientistas da Universidade de Dundee, na Escócia. O trabalho também mostrou que, em contraste, jovens que não interagem bem com familiares, colegas de classe e amigos têm mais dificuldade de evitar essas substâncias.
Os pesquisadores entrevistaram mais de 1.000 estudantes de 13 a 17 anos para chegar à conclusão. Do total, 14% tinham fumado cigarro, 7,5%, consumido maconha e 31%, exagerado na bebida no mês anterior à conversa.
Os autores perceberam que quanto mais forte a conexão com os três grupos considerados chaves – família, colegas de escola e amigos – menor o risco de se tornar vítimas de abuso de álcool, drogas e cigarro.
No caso do tabaco, a propensão era de 24% para quem não se identificava com esses grupos, mas caía para 8,8% para quem era ligado aos três. Para o abuso de bebidas, o risco caía de 41,6% para 25,6%. E para a maconha, de 13% para 2,7%.
Entre os adolescentes que diziam não ter laços fortes com os três grupos, 71% relataram ter enfrentado algum problema de saúde mental. Já naqueles que se tinham boas conexões, apenas 17% tinham sido diagnosticados com algum transtorno.
As conclusões, publicadas na Revista Britânica de Psicologia do Desenvolvimento, indicam que se ligar a diferentes grupos sociais, desde cedo, é um escudo poderoso contra problemas de saúde mental e de comportamento. As informações são do jornal britânico Daily Mail.