Juliana Paes mostra closet e revela ter TOC; entenda a condição

Atriz impressiona internautas com organização e gavetas separadas por cores

Redação Publicado em 26/05/2021, às 15h34

O TOC é um transtorno crônico caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões - Reprodução/Instagram @julianapaes

Juliana Paes mostrou seu closet por meio dos stories do Instagram nesta quarta-feira (26) e deixou os seguidores impressionados. Além de o espaço ser enorme, a atriz fez um tour mostrando toda a organização, que inclui gavetas e araras de roupas separadas por cores, penteadeira e, até mesmo, um lugar dedicado exclusivamente aos lenços. 

"Apresento pra vocês o closet mais arrumado do mundo. Olha minhas gavetas, sem brincadeira! Tudo arrumado por cor. Eu que tenho TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo), fico louca. As roupas estão arrumadas em ordem de cores. Gente, fala a verdade! Diz pra mim se não é pra amar tudo?! Tem gaveta de lenço organizada por tamanhos? Temos!", disse.

 

O que é TOC? 

O TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) é um transtorno crônico caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões. A condição pode afetar crianças, adolescentes e adultos. Geralmente, os sintomas acompanham o indivíduo desde a infância, mas é na adolescência que acontece um agravamento, por ser um período em que se adquire mais responsabilidade e independência.

As obsessões são pensamentos, imagens e impulsos considerados indesejáveis, que provocam sentimentos angustiantes e desconfortáveis, como medo, dúvida e nojo. Na maioria dos casos, a pessoa percebe que o pensamento não faz sentido, mas não tem nenhum controle sobre ele, o que acaba consumindo tempo e atrapalhando as atividades do dia a dia.

As compulsões, por sua vez, são atos e comportamentos repetitivos que o indivíduo executa para atenuar as obsessões. Esse alívio permanece por um certo tempo, mas logo retorna e o ciclo recomeça.

Tipos e sintomas 

Não existe uma classificação definida para os tipos de TOC, a diferenciação é feita baseada na temática dos sintomas, e nada impede que uma pessoa sofra com mais de um tipo. Entre as principais manifestações de TOC estão: 

Medo de contaminação: essa é uma das mais frequentes obsessões e, geralmente, vem acompanhada por compulsão relacionada à limpeza. Nesses casos, a pessoa sofre com pensamentos ligados à contaminação dos germes e apresenta comportamentos repetitivos para trazer alívio. Alguns sintomas que caracterizam esse tipo são: lavar excessivamente as mãos, provocando vermelhidão e feridas, necessidade de verificar constantemente se algo está limpo e carregar lenços para limpar superfícies antes de tocá-las. 

Medo de machucar a si próprio ou alguém: as pessoas apresentam receio em se machucar ou machucar o outro. Um exemplo desse tipo de TOC é o medo de vazar gás e a casa pegar fogo. Nesse cenário, o indivíduo checa compulsivamente o fogão para ter certeza que nada acontecerá. 

Necessidade de deixar coisas alinhadas e organizadas: esse tipo de TOC inclui obsessões de simetria com compulsões de contagem e organização, ou seja, as pessoas sofrem pensando que se algo não estiver organizado, algo ruim pode ocorrer. Como exemplo desse caso está a organização das almofadas do sofá. Uma pessoa com esse tipo de TOC chega em casa e arruma as almofadas porque, para ela, não estão na ordem das cores ou simetricamente posicionadas. Entretanto, o sentimento de alívio após organizá-las é momentâneo e logo a obsessão por arrumá-las retorna, reiniciando o ciclo.

Nem sempre é TOC

É importante lembrar que nem todos que têm obsessões ou compulsões são diagnosticados com o transtorno. Para ser considerado TOC, algumas características são: 

Tratamento 

O tratamento é realizado em diversos níveis, de acordo com a gravidade, através da terapia cognitiva comportamental (TCC) e/ou medicamentos que auxiliam a controlar os sintomas. A TCC é um tipo de psicoterapia que ensina maneiras de pensar, comportar-se e reagir diante das compulsões e obsessões, auxiliando a lidar com a ansiedade que essas situações podem provocar. 

Já o tratamento medicamentoso é feito com certos tipos de antidepressivos e, nos quadros mais graves, em que o indivíduo não obtém melhora com remédios, há ainda a possibilidade de realizar uma neurocirurgia.

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