Prestigiada atriz japonesa afasta-se dos compromissos de trabalho durante a doença
Redação Publicado em 29/05/2021, às 10h00
O site Variety noticiou que Kyoko Fukada, 38, uma atriz japonesa com participações importantes em filmes e programas de TV, teve diagnóstico de transtorno de adaptação ou de ajustamento, conforme anúncio de sua agência, Hori Production, na quinta-feira (27). Durante a sua recuperação, ela está se afastando de todos os compromissos de trabalho.
Não é comum uma celebridade japonesa declarar publicamente que está passando por problemas mentais. Em 2003, uma situação semelhante ocorreu com a imperatriz Masako, que foi igualmente diagnosticada com transtorno de ajustamento.
De acordo com sua agência, Kyoko adoeceu na primavera do ano passado. Contudo, somente este mês ela recebeu o diagnóstico de transtorno de ajustamento pelo médico e agora está se dedicando à recuperação.
Ela estava escalada para atuar em um drama em série da Fuji TV, que agora deverá ser reformulado devido à sua condição e ausência. Seu último filme, “A filha de Lupin”, está com o lançamento marcado para outubro deste ano, mas há dúvidas quanto à participação da atriz nas atividades promocionais.
Kyoko talvez seja mais conhecida no exterior por seu papel no filme do diretor e roteirista Tetsuya Nakashima de 2004, “Kamikaze Girls”, sobre amizades femininas.
A assessoria da atriz não entrou em detalhes sobre as causas de sua doença, mas especula-se que talvez tenha sido excesso de trabalho e estresse da pandemia os possíveis desencadeadores.
De acordo com o site Msd Manual, os transtornos de adaptação abrangem sintomas emocionais ou comportamentais que provocam angústia e debilidade por causa de fator de estresse que pode ser identificado.
É considerado um transtorno de ansiedade, registrado na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) com o código F43.
As pessoas ficam tristes, com raiva ou chateadas diante da ocorrência de algo desagradável. Essa reação somente é considerada um transtorno caso ela tenha uma intensidade além do esperado na cultura da pessoa, ou quando a capacidade para realizar atividades do cotidiano fica comprometida.
Isso pode ocorrer devido a um único evento (perder o emprego), eventos múltiplos (ter problemas financeiros e românticos juntos) ou problemas contínuos (cuidar de um familiar com deficiência intelectual importante).
Os transtornos de adaptação não são raros e podem ser diagnosticados em cerca de 5% a 20% das consultas de saúde mental, em ambulatório.
Os sintomas de um transtorno de adaptação se iniciam em geral logo após o evento desencadeante e não vão além de um período de seis meses após o esse evento ter passado.
Os sintomas mais comuns são:
Confira:
Avaliação de um médico, de preferência psiquiatra, com base no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM‑5) e no quadro sintomático e comportamental descrito acima.
Os transtornos de adaptação precisam ser cuidadosamente avaliados e tratados. No entanto, há pouca evidência apoiando qualquer tratamento específico para os transtornos de adaptação.
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