Condição atinge a área do cérebro responsável pelo controle dos movimentos do corpo
Redação Publicado em 08/08/2022, às 16h29 - Atualizado às 16h50
O cineasta dinamarquês Lars von Trier, conhecido por filmes como "Dogville", "Melancolia" e "Ninfomaníaca", foi diagnosticado com a doença de Parkinson, segundo a Variety. A informação partiu da produtora fundada por ele e Peter Jensen, que atualmente é responsável pela série "O Reino". O comunicado da companhia diz que o diretor está de bom humor e está com os sintomams sendo tratados".
A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que atinge a área do cérebro responsável pelo controle dos movimentos do corpo, provocando rigidez dos músculos e lentidão dos movimentos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1% da população mundial acima dos 65 anos conviva com a doença. No Brasil são cerca de 200 mil pessoas.
Conheça os principais sintomas da condição:
Um dos primeiros sinais são as quedas frequentes. Com a instabilidade postural e a lentidão dos movimentos provocadas pela neurodegeneração, há o aumento dos tropeços em um indivíduo com Parkinson.
O sintoma mais característico da doença de Parkinson é o tremor, que pode ocorrer nas mãos, nos braços, nas pernas, na mandíbula ou na cabeça. A grande maioria das pessoas associa imediatamente esse sintoma ao pensar na doença, entretanto, ele é apenas um dos indícios.
Muitas pessoas com Parkinson podem experimentar a impressão da musculatura estar sempre muito contraída. Pessoas com a condição frequentemente desenvolvem uma tendência de inclinar-se para frente ao andar e, com passos mais curtos, acabam arrastando os pés.
Além disso, há uma redução do balanço dos braços ao caminhar e uma maior dificuldade para iniciar ou continuar qualquer movimento.
Na prática, a pessoa com Parkinson se percebe mais lenta, com dificuldades de levantar de uma cadeira, por exemplo, ou com menos agilidade na hora de se vestir.
Apesar de a doença de Parkinson não ter cura, o tratamento é essencial e tem como objetivo controlar os sintomas, isto é, diminuir o prejuízo funcional provocado pela neurodegeneração. Assim, o portador tem maiores chances de viver uma vida mais independente e com qualidade por mais tempo.
A melhor forma de tratamento da doença é feita com a combinação dos medicamentos com a reabilitação. No caso do tratamento medicamentoso, os remédios prescritos pelo médico atuam diretamente no cérebro para retardar os sintomas do Parkinson.
Porém, nem todos os sintomas respondem bem aos medicamentos: a rigidez muscular, a lentidão dos movimentos e o tremor são os que melhor reagem a essa abordagem.
Por isso, é importante seguir um tratamento multidisciplinar, o que inclui a fisioterapia, exercícios de fonoaudiologia, acompanhamento nutricional e psicológico. Todas essas opções ajudarão, juntamente com os remédios, a reduzir o avanço dos sintomas.
*Com informações de texto publicado em 22/03/2022
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