Lei que restringe venda de álcool pode reduzir violência contra parceiros

Comunidades com poucos pontos de venda de bebida alcoólica tendem a ter taxas mais baixas dessa forma de violência

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h23 - Atualizado às 23h56

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Comunidades que têm poucos pontos de venda de bebida alcoólica tendem a ter taxas mais baixas de violência praticada por parceiro íntimo, afirma estudo publicado no Journal of Studies on Alcohol and Drugs.  Os resultados sugerem que as leis que restringem a comercialização de álcool pode ser uma forma de lidar com esse tipo de abuso.

Nos Estados Unidos, há vários tipos de leis adotadas para reduzir o uso excessivo de álcool, como o controle sobre os preços e limites sobre horas e dias de venda, dependendo do Estado ou da cidade. Em paralelo, vários estudos já mostraram a influência da bebida em casos de violência contra parceiros ou parceiras.

O cientista do comportamento Dennis Reidy e sua equipe, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), procuraram estudos na literatura científica para identificar a relação entre políticas públicas de combate ao uso excessivo de álcool e violência contra parceiros.

A análise dos trabalhos – 16, ao todo – fez os pesquisadores concluírem que apenas um fator foi vinculado de forma consistente a menores taxas de violência por parceiro íntimo: a redução na densidade de pontos de venda (número de estabelecimentos que comercializam álcool dividido pela área ou pelo número de pessoas que vivem em determinada área).

A equipe detectou pouca evidência de redução nos casos de violência após a implementação de políticas de tributação e limites nos dias e horários de venda de bebida. Os pesquisadores afirmam que são necessários mais estudos para entender por que só a densidade teve impacto positivo.

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