Da Redação Publicado em 04/12/2020, às 16h27 - Atualizado às 17h01
Léo Áquila fez um triste relato sobre o medo que sentia por ser mãe e drag, durante uma live com o influenciador Maurício Severo, na última quarta-feira (2).
A apresentadora, que é mãe de dois filhos, contou como era a criação dos pequenos enquanto ainda eram pequenos.
“Quando eles tinham sete anos, eu já era conhecida como drag queen, a Léo Áquilla. Nunca fui buscá-los no colégio, por exemplo. No Dia dos Pais, eu não podia ir porque não queria que ninguém soubesse. Eu os instruí a não contar a ninguém que eles eram meus filhos, e eles nunca disseram”, disse Léo.
A apresentadora ainda afirmou que deseja ter um terceiro filho: “Não sei se é o momento certo para isso, mas sonho ter uma menina”.
É lamentável que uma pessoa tenha que esconder que tem filhos pelo medo de que alguém faça mal a eles por causa de preconceito e estigma. Mas, infelizmente, esse tipo de situação é muito comum em nosso país. Imagine o que significa viver nesse estado de vigilância constante pelo medo de sofrer violência, ou, pior, de que alguém que você ama sofra violência pelo preconceito da sociedade contra você?
Experiências desse tipo explicam por quê, segundo diversos estudos, pessoas que não se identificam como heterossexuais ou cisgênero são mais vulneráveis a transtornos como ansiedade, depressão, abuso de substâncias e até ao suicídio. Até a saúde física pode ser afetada por esse estresse crônico gerado por situações como bullying, preconceito ou conflitos com a família.
Também pelo medo de sofrer discirminação, é muito difícil para alguns jovens LGBTQIA+ se assumirem. Mesmo que muitos estudos mostrem que a atitude tem impacto positivo para a saúde mental, sabemos que essa decisão deve ser tomada apenas quando a pessoa estiver segura e se sentir pronta.
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