Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h18 - Atualizado às 23h57
Um estudo feito com norte-americanos mostra que homens têm maiores taxas de orgasmo quando estão com parceiras ou parceiros conhecidos. Eles chegam ao clímax em 85% das relações e a orientação sexual não interfere nessa média. Já as mulheres, em geral, chegam ao orgasmo em 62,9% das relações quando transam com alguém conhecido; mas o índice é mais alto para as lésbicas em comparação com as hétero ou bissexuais: elas conseguem chegar ” lá” 74,7% das vezes.
Pesquisadores da Universidade de Indiana usaram dados de uma grande pesquisa com solteiros, realizada anualmente nos Estados Unidos, para investigar o quanto a orientação sexual pode interferir na frequência de orgasmos. O trabalho contou, ao todo, com informações de 2.850 homens e mulheres com 21 anos ou mais. Os resultados foram publicados no periódico Journal of Sexual Medicine.
Para o principal autor, Justin Garcia, professor de estudos de gênero e pesquisador do Instituto Kinsey, o trabalho pode contribuir para que profissionais envolvidos na promoção da saúde sexual tenham mais embasamento. Desde os primeiros estudos sobre sexualidade, de Alfred Kinsey, nas décadas de 1940 e 1950, muito foi descoberto sobre as alterações fisiológicas e psicológicas que ocorrem durante a excitação e o orgasmo. Mas claro que ainda há muito a ser estudado. A própria função do orgasmo ainda é alvo de divergências, como observa Garcia, que também é biólogo evolucionista.
Vários fatores interferem na capacidade de chegar ao clímax durante uma relação, ressaltam os pesquisadores. A duração do sexo pode ser um deles – e trabalhos anteriores indicam que lésbicas investem mais tempo nas relações. Mas uma coisa é certa: a comunicação entre os parceiros é fundamental, tanto a verbal quanto a não verbal. Por último, eles fazem uma ressalva importante: orgasmo e satisfação sexual são coisas bem diferentes. Uma pessoa pode ter uma relação bastante satisfatória e nem chegar ao clímax. E vice-versa.