Como parte das mobilizações do Outubro Rosa, a Fiocruz de Brasília recebe o lançamento do livro em quadrinhos “180º – Minhas Reviravoltas com o Câncer de Mama” amanhã (terça-feira, 25/10) às 14h30. A obra é de autoria da psicóloga e pesquisadora Dulce Ferraz e conta com ilustrações de Camilla Siren e colaboração de Fabiene Gama e Soraya Fleischer.
O livro, que também teve a participação de profissionais do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), é mais uma das formas – dessa vez, mais visual e colorida – de conscientizar sobre a prevenção e diagnóstico do câncer de mama.
Segundo a autora, a escolha do formato em quadrinhos é uma tentativa de oferecer informação em uma linguagem mais acessível e dar acolhimento às mulheres e a familiares que vivenciam situação similar, além de sensibilizar profissionais de saúde para a perspectiva das pacientes sobre a doença.
A obra é baseada na jornada da própria autora. Dulce registrou o dia a dia do seu tratamento, anotando perguntas e memórias que surgiam pelo caminho. De acordo com a psicóloga, ela encontrou na escrita uma maneira de ajudá-la a atravessar essa fase, tanto com coisas mais práticas – como perguntas que gostaria de fazer nas consultas –, quanto para lidar melhor com os sentimentos envolvidos naquela vivência.
Confira:
Assim, a história tem como personagem principal uma mulher de 36 anos, mãe de duas meninas, cheia de planos e com um diagnóstico de câncer de mama. O livro narra as diferentes etapas dessa trajetória: a descoberta de um caroço no peito esquerdo, a busca pelos tratamentos, reflexões sobre o imaginário em torno da doença e sobre como é possível fazer mais e melhor pelas mulheres que a enfrentam.
A obra ficará disponível em formato e-book (gratuito) e impresso no site da NAU Editora. Conheça a página do projeto no Instagram: @180_camama.
Um dos passos mais importantes para identificar algo de errado na mama precocemente é a mulher conhecer bem o seu corpo. Sentir nódulos, alterações na forma da mama ou do mamilo, ter pele com aparência diferente no seio ou secreções com sangue, por exemplo, são motivos para ir ao médico.
De qualquer forma, é importante destacar que a maioria dos casos de câncer de mama não tem sintomas nas fases iniciais. A mulher só descobre algo ao fazer os exames, como a mamografia; aí sim o médico vai investigar a alteração. Por isso é tão importante fazer o controle.
Em geral, as mulheres devem fazer a mamografia a partir dos 40 anos, a não ser quando há casos de câncer de mama na família – aí o exame é indicado a partir dos 25 anos.
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Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez
