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6 mitos comuns sobre o lubrificante íntimo que precisam ser derrubados

Até mulheres que não sofrem com ressecamento vaginal podem ter mais prazer com o uso do lubrificante - iStock
Até mulheres que não sofrem com ressecamento vaginal podem ter mais prazer com o uso do lubrificante - iStock

Redação Publicado em 06/03/2022, às 13h00

Se você acha que lubrificante íntimo serve apenas para facilitar o sexo anal ou para quem já entrou na menopausa, talvez esteja na hora de se atualizar. Mais acessíveis do que nunca, esses produtos são importantes aliados da saúde e do prazer em diferentes situações ou faixas etárias.

“A mucosa da vagina produz uma secreção que, além de lubrificar a região para as relações sexuais, também protege a vagina”, explica a ginecologista e obstetra Roberta Grabert. Essa produção varia ao longo do ciclo menstrual, e pode falhar por vários motivos além das típicas mudanças hormonais do climatério. Esclareça, a seguir, alguns mitos comuns sobre esse assunto.

1. Só algumas pessoas precisam de lubrificante na hora do sexo.

No sexo anal, o produto é indispensável porque a região não conta com lubrificação natural. Porém, qualquer relação sexual com penetração, inclusive vaginal, pode causar microfissuras nas mucosas por causa do atrito, mesmo quem está devidamente excitado(a). Essas lesões imperceptíveis podem aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e até de cistites ou infecções urinárias. Assim, o lubrificante íntimo traz proteção extra para homens e mulheres de qualquer idade.

2. Lubrificante íntimo só serve só para quem sofre com ressecamento vaginal.

Nada disso. Mesmo quem não tem problema algum pode se excitar mais com uma lubrificação extra, inclusive durante as preliminares e no uso de brinquedos sexuais. Um estudo feito pela Universidade de Indiana, nos EUA, com 2.453 mulheres de 18 a 68 anos de idade mostrou que, em mais de 70% das ocasiões, elas julgaram que o produto trouxe mais prazer. E não só no sexo, como também na masturbação. 

3. No período menstrual o lubrificante não é necessário. 

“O sangue menstrual não é lubrificante, muito pelo contrário. Por isso, durante a menstruação, a probabilidade de agressão à mucosa vaginal durante as relações aumenta”, informa a ginecologista. Vale lembrar que os lubrificantes íntimos também podem ser importantes aliados na colocação de tampões,  discos ou copos menstruais, esses últimos uma tendência em alta.

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4. A lubrificação natural se altera apenas no climatério.

Isso também é um mito. Algumas pessoas podem sentir incômodo pelo ressecamento vaginal não só com perto da menopausa ou depois dela, mas também logo após o parto, na amamentação, e durante tratamentos como o do câncer de mama e da acne (com uso de isotretinoína, que resseca a pele e as mucosas), entre outras condições. Até mesmo alguns tipos anticoncepcionais hormonais podem afetar a lubrificação em certas usuárias.

5. Precisar do lubrificante significa que o estímulo não foi suficiente.

Esse é um dos mitos mais comuns! A resposta sexual feminina é diferente da masculina, e uma mulher pode ter períodos de maior ou menor lubrificação durante a mesma relação sexual. Se em determinado momento ela sentir algum desconforto, isso não significa que o(a) parceiro(a) não foi capazes de excitá-la o suficiente. Alguns homens ou mulheres podem ficar sem graça de trazer o produto para a cama por causa disso, mas não há nada que um pouco de intimidade não resolva. Para muita gente, o uso do lubrificante até funciona como uma brincadeira sexual.

6. Qualquer tipo de lubrificante é válido para o sexo.

Os produtos devem ser à base de água para que não haja risco de o produto danificar o preservativo, algo que pode acontecer quando se usa algum óleo natural ou vaselina. Hoje também há lubrificantes siliconados que não prejudicam o material da camisinha, por isso vale checar a embalagem.  Também pode-se experimentar versões com efeito quente ou gelado, para ter mais prazer ou sair da rotina. Por último, não custa avisar: saliva não funciona como lubrificante. 

Fontes: Jairo Bouer (psiquiatra), Roberta Grabert (ginecologista e obstetra) e Marina Ratton (fundadora da femtech Feel) 

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