Ator foi internado no dia 22 de junho e passou por duas cirurgias para se manter estável
Redação Publicado em 26/07/2021, às 12h00
No último domingo (25), Luciano Szafir deu uma entrevista ao Fantástico para falar sobre seu estado de saúde. O ator, que estava internado desde o dia 22 de junho por conta da Covid-19, revelou que sentiu muita dor e pânico.
Segundo ele, é necessário enfrentar duas lutas: uma contra o vírus e outra contra a cabeça. “Pensando nos meus filhos, minha mulher, minha família. É muito difícil pensar em quem você ama e pensar que você pode deixá-los para sempre”, disse.
Szafir declarou que, em determinado momento, realmente achou que fosse falecer. “Foi a pior coisa da minha vida. Senti muita dor, muito pânico. Muitas vezes achei que não ia passar de 15 minutos. Isso não é fácil."
O ator também deixou claro que apesar de ter se contaminado, sempre tomou todos os cuidados. “Sempre levei muito a sério. Tive muito medo, saía de casa com duas máscaras. Eu era muito cuidadoso”.
O ator sentiu os primeiros sintomas no dia 15 de junho, e foi orientado a fazer uma tomografia, que revelou comprometimento de 25% do pulmão. Já no dia 22 de junho, Szafir foi internado com febre alta, falta de ar e precisando de oxigênio. Alguns dias depois, já estava com 50% do pulmão comprometido.
No dia 2 de julho, ele apresentou uma embolia pulmonar e teve que usar anticoagulantes para fazer o tratamento. Quatro dias mais tarde, os médicos alertaram sobre uma perfuração na alça intestinal, fazendo com que o ator passasse por uma cirurgia de emergência e fosse intubado.
Szafir só foi extubado no dia 10 de julho, mas o alívio durou pouco, pois no dia 14 ele teve outro sangramento e precisou passar por uma segunda cirurgia para evitar coágulos no pulmão.
“Eu tive essa segunda, terceira, quarta chance. Abro os olhos hoje e a primeira coisa que eu faço é agradecer. Perdi mais de 15 quilos, não tenho massa muscular nenhuma, mas estou vivo. Não vou desperdiçar um segundo de vida”, disse o ator.
Até o momento, não existe uma vacina que proteja 100% as pessoas de se contaminarem com o vírus. Dessa forma, a perspectiva que vem sendo trabalhada é: mesmo vacinada, a pessoa pode, eventualmente, contrair e transmitir o novo coronavírus.
No caso de Szafir, no entanto, não houve tempo de tomar a vacina, já que ele apresentou os primeiros sintomas justamente no dia em que sua idade havia sido liberada.
Confira:
A vacina tem a função de ensinar o nosso corpo a produzir anticorpos contra o vírus, assim ela evita de 50 a 70% o risco de o indivíduo se infectar e reduz em quase 100% as chances de a doença evoluir para um quadro mais grave. Então, o seu papel está muito relacionado em tentar impedir uma infecção e a progressão da mesma.
Mesmo aqueles que estão vacinados podem entrar em contato com o vírus e este permanecer nas vias aéreas superiores por alguns dias. É nesse período, segundo os especialistas, que há a hipótese de a pessoa ser capaz de transmitir a doença.
Por isso, ainda que tenha tomado a vacina, é tão importante continuar com as medidas de proteção, como o uso das máscaras, e evitar aglomerações, até que uma parcela significativa da população esteja protegida. Quando o país chegar a esse patamar, os riscos vão diminuir.
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