Redação Publicado em 02/11/2021, às 14h48
Às vésperas deste Dia de Finados (2), fomos informados de que o mundo completou a marca de 5 milhões de mortes por Covid-19, e ainda não há uma dimensão exata do número de pessoas acometidas por doenças crônicas após ter sobrevivido à infecção. Entre essas condições há transtornos mentais como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático.
Para quem perdeu uma pessoa próxima e querida por Covid-19, é natural que a dor ainda esteja em evidência, ainda mais porque o isolamento social dificultou todos os rituais de despedida. Algumas pesquisas até mostraram que o luto pelas mortes durante a pandemia foi sentido de maneira mais profunda e intensa, quando comparado com o de mortes que aconteceram antes desse período ou por causas naturais.
Mas muita gente que convive com enlutados tem se perguntado até que ponto o luto prolongado pode se confundir com um transtorno psiquiátrico, como a depressão?
Veja as três principais diferenças entre ambos:
Quem vive o luto precisa muito do apoio de familiares e amigos. Infelizmente, a sociedade discute muito pouco esse tema, e as pessoas ficam, muitas vezes, sem saber como ajudar quem está sofrendo. Se é o seu caso, saiba que só o fato de estar ao lado da pessoa enlutada e ouvi-la pode fazer muita diferença.
A depressão, em muitos casos, é uma consequência do que os médicos chamam de “luto complicado”, ou seja, o luto que não se resolveu sozinho e exige que a pessoa busque ajuda profissional.
Conheça os principais sintomas associados à depressão:
– Sensação de tristeza prolongada ou de vazio, como se a vida perdesse suas cores
– Falta de interesse generalizado, até nas atividades que geravam prazer e no sexo
– Agressividade ou mau humor crônico
– Baixa autoestima, sensação de ser um peso para os outros ou sentimento de culpa
– Pessimismo, sensação de que não há solução para o mundo ou para os problemas
– Falta de energia, cansaço excessivo, perda de concentração e memória, falta de iniciativa;
– Agitação ou lentificação psicomotora (movimentos e pensamentos ficam mais lentos)
– Insônia ou sonolência excessiva
– Falta ou excesso de apetite
– Mal-estar físico, como dores, fraqueza ou sintomas digestivos
– Pensamentos sobre morte ou ideias de suicídio (nem sempre presentes)
Os manuais de diagnóstico sugerem que esses sintomas devam estar presentes a maior parte do dia, por no mínimo duas semanas. Claro que uma pessoa de luto pode passar mais tempo com o humor deprimido, mas se os sintomas não melhoram depois de algum tempo, é provável que a depressão tenha se instalado.
Caso você esteja sofrendo ou conheça alguém que precise de ajuda, o telefone do CVV é 188 e funciona 24 horas para escutar, aconselhar e orientar as pessoas em momentos de grande angústia.Clique AQUI para saber mais onde buscar ajuda.
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