"Se o pai aceitou ou não, não sei", conta dona Jacira, relembrando passado conturbado da família
Redação Publicado em 26/03/2021, às 11h27
No BBB21, Gil tem se mostrado um homem completamente solto. O agora brother é gay assumido e inclusive, quando foi líder, ganhou uma festa em sua homenagem, com a temática LGBTQIA+. Com tanto sucesso, a mãe do participante, dona Jacira, deu uma entrevista à Quem e contou mais sobre a vida do filho.
Ela começou dizendo que se emocionou com a festa e gostou muito de ver o filho feliz: “A festa foi maravilhosa. Me emocionei e chorei bastante. Quando começou com o 'Fantasma da Ópera' foi lindo. Ele vivia cantando a música aqui em casa. Além disso, ele cantou e dançou Britney [Spears], que ele ama. Foi lindo! Ele deve estar realizado, como falou. Ele disse que a festa foi tão importante quanto o um milhão e meio”.
Sobre a sexualidade do filho, Jacira disse que nunca teve problemas e, inclusive, sempre soube de tudo: “Ele escondeu a vida toda, teve que se reprimir e sofreu porque viveu dentro de uma religião muito homofóbica”, relembra Jacira. “Ele achava que uma hora aquilo ia passar. Era assim que ele aprendia lá dentro. Da minha parte, sempre o apoiei. Sempre soube que ele era gay. Uma mãe sempre sabe. Pode ter algumas que fingem que não sabem, mas sabem, sim. Sei disso desde que ele era criança. Quando ele se abriu para mim, eu disse que já sabia. Sempre amei e apoiei o meu filho”.
Porém, apesar de receber tanto apoio da mãe, Gil não contou com a mesma recepção do pai. Jacira relembra rapidamente que o filho sofreu preconceito por parte paterna: “O pai falou no passado que ele tinha vergonha, porque ele foi participar de desfile de moda. Mas deixa para lá, que nem quero falar do pai dele... Se o pai aceitou ou não, não sei. Isso está dentro da pessoa. Mas, aparentemente, está apoiando o Gilberto no programa. Mas não converso com ele sobre isso. O encontro muito pouco”.
Embora tenha recebido um grande apoio da mãe, é inegável que o preconceito que Gil sofreu o abalou. Inúmeras vezes, dentro do reality, o participante chora e sente medo de estar decepcionando a família.
E, de fato, a homofobia — dentro e fora do ambiente familiar — afeta muito a saúde das pessoas. A Mental Health Foundation, instituição de promoção à saúde mental do Reino Unido, mostrou que a comunidade LGBTQIA+ é mais suscetível a doenças psiquiátricas do que heterossexuais, justamente por conta da discriminação, do isolamento que eles sofrem, da rejeição e da dificuldade em se assumir.
Além disso, a instituição ainda divulgou um estudo da Stonewall, que mostra que 1 em cada 8 pessoas da comunidade já tentou suicídio.
Já outra pesquisa, realizada pela Universidade do Estado de Michigan, indica que pessoas da comunidade LGBTQIA+ têm maior probabilidade de desenvolver demência na velhice, já que o estresse e a depressão, muito comum nessas pessoas, são fatores de risco.
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