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MAID: série mostra como violência psicológica é uma forma de agressão

A violência psicológica é praticada para diminuir a autoestima, manipular e controlar a vítima - Divulgação/Netflix
A violência psicológica é praticada para diminuir a autoestima, manipular e controlar a vítima - Divulgação/Netflix

Redação Publicado em 26/10/2021, às 16h00

Recentemente, a Netflix lançou a série MAID – “faxineira” na tradução para o português – que está desde o seu lançamento entre as 10 mais assistidas da plataforma no Brasil e segue sendo aclamada pela crítica.

A trama é baseada em uma história real e conta a luta da personagem principal, Alex (Margaret Qualley), que tenta romper com o ciclo de um relacionamento abusivo, lidar com dificuldades financeiras e criar a filha pequena. 

Apesar de ser uma obra de ficção, as cenas vividas pela protagonista impressionam por mostrarem com veracidade a realidade de milhares de mulheres que sofrem com violência psicológica.

Assim como Alex, – que demora para perceber e admitir que estava sendo vítima de violência psicológica – reconhecer esse tipo de agressão ainda é um grande desafio tanto para quem sofre quanto para quem vive ao redor. Isso porque, muitas vezes, é uma violência velada e que não deixa marcas físicas.

Quais os sinais de violência psicológica?

A violência psicológica é praticada para minar a autoestima da pessoa, além de ser uma forma de manipulação e de controle. Infelizmente, ainda não é uma tarefa fácil reconhecer esse tipo de agressão e os seus efeitos podem ser tão prejudiciais quanto os da violência física.

Conheça algumas ações e comportamentos que sinalizam a violência psicológica: 

1. Acusação e culpa 

A pessoa que abusa sempre culpa a outra pelos problemas e a acusa de fazer tudo errado. Não aceita qualquer responsabilidade pelas consequências dos seus atos ou palavras e utiliza a culpa para forçar a vítima a fazer algo que talvez ela não queira. 

2. Controle

O controle pode ser imposto sobre coisas importantes, como onde viver ou trabalhar, mas também em relação a coisas pequenas, como não permitir que saia de casa e dizer o que deve comer ou vestir.

Quem abusa pode não permitir que a parceria escolha os amigos ou o que assistir na televisão. Qualquer indicação de que a pessoa está tentando controlar a outra é um sinal de violência psicológica.

3. Codependência 

Para manter o controle, quem abusa pode tentar criar uma situação que faça a parceria sentir que não tem escolha a não ser manter a relação. Além disso, também é capaz de interferir ou acabar com qualquer relacionamento da vítima com amigos ou familiares para garantir que ela continue confiando apenas na relação.

Confira:

4. Crítica 

A pessoa que pratica abuso critica constantemente tudo o que a outra faz, seja algo grande ou pequeno. Pode tirar sarro da aparência ou dos trajes de roupa, por exemplo, além de tentar minimizar ou menosprezar qualquer realização, seja pessoal ou profissional. Assim, a vítima sente que nunca é boa o suficiente. 

5. Negligência emocional

Quem pratica a violência psicológica sempre colocará as suas necessidades emocionais à frente das da vítima, podendo exigir respeito e obediência. Além disso, quem abusa também pode reter seletivamente qualquer afeto ou cuidado até que consiga o que quer. 

6. Humilhação 

Uma forma de abusar mentalmente de uma pessoa é humilhá-la, especialmente em ambientes públicos. Assim, na violência psicológica, pode haver menosprezo da vítima ou, até mesmo, postagem de fotos comprometedoras nas redes sociais. 

Quais outras formas de violência doméstica?

A violência doméstica não é caracterizada apenas por agressões físicas ou sexuais, podendo existir também no âmbito psicológico, moral e patrimonial. Vale lembrar que a pandemia de Covid-19 deixou as mulheres ainda mais vulneráveis ao problema. 

Veja outros sinais comuns de violência contra a mulher:

  • Agressão física;
  • Agressão verbal, como gritos, ameaças e ofensas;
  • Ter relações sexuais exigidas ou forçadas;
  • Ter seu dinheiro controlado ou pouco acesso ao dinheiro familiar;
  • Viver um período romântico e sem brigas após um período de agressões;
  • Sofrer ameaças (pessoais ou para família e amigos);
  • Quando fala em terminar o relacionamento ou contar sobre a violência a alguém, por exemplo, ter que lidar com ameaças de suicídio (ou tentativas);
  • Ter suas coisas quebradas;
  • Vivenciar situações de perigo (como companheiro dirigindo de maneira perigosa ou ter uma briga em que o companheiro estava armado, por exemplo).

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